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Fascínio das big techs: investidores abandonam ações tradicionais em busca de lucros

Pesquisa revela que investidores preferem apostar nas grandes tecnologias em detrimento de ações tradicionais, buscando proteção em tempos de crise econômica.

Tecnologia Big Data para o Conceito de Finanças Empresariais. Renda variável - administração
<p>(Blue Planet Studio/ Getty Images)</p>

O êxtase das big techs se intensifica à medida que o risco de recessão nos Estados Unidos faz os investidores mirarem em ações que prometem crescimento mesmo em tempos turbulentos. Essa percepção foi reforçada por uma pesquisa recente da Markets Live Pulse, realizada com 492 leitores da Bloomberg News.

Cerca de 41% dos participantes afirmaram que a maior parte dos retornos desse ano virá da aquisição de ações lucrativas, enquanto aquelas que não se saírem bem serão descartadas.

Os investidores estão se posicionando a favor de gigantes como Apple e Microsoft, que têm ganhado destaque à medida que o mercado se volta para ações de crescimento, evitando setores mais expostos à volatilidade econômica.

A chegada de um novo mês traz incertezas em torno das taxas de juros e da saúde econômica geral, elevando a atratividade por empresas com fluxo de caixa sólido e perspectivas de receita promissoras, mesmo que suas ações estejam sendo negociadas a preços altos.

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O índice [ativo=Nasdaq], que possui forte concentração de ações tecnológicas, já recuperou mais da metade das perdas sofridas entre seu pico no final de 2021 e a queda em 2022, impulsionado pelo crescente interesse em inteligência artificial.

A empolgação em torno da IA está projetando empresas como a Nvidia para um futuro brilhante, com a expectativa de que se torne a primeira fabricante de chips a atingir uma avaliação de US$ 1 trilhão.

“Ninguém se arrisca mais do que o necessário”, declara Gina Martin Adams, estrategista-chefe de ações da Bloomberg Intelligence. “Estamos testemunhando um grande fascínio pelas grandes tecnologias dos EUA, um fator que impulsiona os investimentos há bastante tempo.”

A qualidade das ações superou outras estratégias, como momentum e valor, segundo a pesquisa, destacando que a segurança continua sendo uma preocupação primária para os investidores.

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Com a recente atualização da classificação de ações de tecnologia para overweight pelo Citigroup, as expectativas aumentam: espera-se um estímulo da inteligência artificial e o fim do ciclo de aumentos nas taxas de juros pelo Federal Reserve.

Contudo, essa corrida pelas ações tecnológicas também tem suas desvantagens, elevando os custos operacionais. Atualmente, esse setor é o mais caro entre os que compõem o S&P 500, com múltiplos de avaliação próximos dos picos vistos no primeiro trimestre de 2022, conforme aponta a Bloomberg Intelligence.

Embora a crença de que tecnologia deverá se destacar seja predominante, “não é uma garantia de retorno sem custos”, observa Christopher Cain, estrategista de patrimônio quantitativo da Bloomberg Intelligence nos EUA. “Não se esqueça: isso muitas vezes já está embutido nos preços.”

Ainda assim, o respaldo em torno desse otimismo permanece acentuado. A Nvidia, responsável pela fabricação dos chips essenciais para a inteligência artificial, viu suas ações dispararem após divulgar previsões de receita que superaram as expectativas de Wall Street. Além disso, fundos de investimento permanecem em grande parte afastados do rali, indicando um potencial espaço para novos investimentos.

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S&P 500: Ganhos Moderados à Vista

No cenário geral do mercado, o S&P 500 encontra-se em uma das suas faixas de negociação mais restritivas em anos, e a maioria dos entrevistados antecipa variações modestas ou até mesmo nenhuma valorização no futuro próximo.

“Prevemos que a recessão possa surgir no segundo semestre”, afirma Julian Emanuel, diretor de patrimônio e estrategista quantitativo da Evercore ISI. “Para as ações, isso implica uma trajetória de queda antes de um possível repique.”

O temor de uma recessão é considerado o maior risco para o mercado de ações no próximo ano por 42% dos participantes da pesquisa, com as taxas de juros ocupando a segunda posição, com 23% das citações.

Ainda que a inflação tenha mostrado sinais de desaceleração, ela permanece elevada, e as condições de crédito tornaram-se mais restritivas. Contudo, o mercado de trabalho se mostra relativamente forte, e os consumidores continuam a gastar.

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“Essa não é uma realidade comum”, observa Adams, da BI. “A expectativa de uma recessão oferece um panorama singular que molda o raciocínio dos investidores, limitando a visibilidade sobre o futuro.”

No entanto, investidores de varejo mostraram-se mais propensos a selecionar ações como o ativo mais promissor para o próximo ano em comparação com o que se observa em Wall Street. Ambos os grupos permanecem indecisos quanto ao comportamento esperado dos rendimentos dos títulos do Tesouro dentro do mês, evidenciando a falta de clareza no mercado.

“O mercado tende a reagir em direção à maior pressão”, conclui Adams. “Consequentemente, se a maioria se posicionar de maneira neutra e o mercado movimentar-se de maneira inesperada, os investidores acabarão seguindo a corrente, exacerbando reações impulsivas.”

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