A produção de açúcar no Brasil, que se destaca como o maior fornecedor mundial desse produto, está prestes a se recuperar nos próximos meses. Segundo Tomas Manzano, CEO da trader Copersucar, houve um início de temporada mais lento do que o esperado, mas boas notícias estão a caminho.
Aumento da área destinada ao cultivo de cana-de-açúcar e a utilização crescente do caldo de cana para a produção do adoçante são alguns fatores que contribuirão para essa melhoria. Manzano, em entrevista a jornalistas na quarta-feira (19), ressaltou que as dificuldades enfrentadas inicialmente na colheita da região Centro-Sul, responsável pela maior parte da produção, foram resultado de problemas pontuais.
Na última safra, o Brasil alcançou recordes de produção de açúcar, o que naturalmente causou uma queda nos preços da commodity, especialmente em comparação aos picos históricos vistos em novembro do ano passado.
“Não existem falhas significativas na safra; estamos longe de uma mudança drástica”, afirmou Manzano durante uma coletiva que discutia os resultados anuais do grupo.
A Copersucar, que é uma das principais organizações de comercialização de açúcar e também controla a Alvean, a maior trader global da commodity, registrou que suas usinas afiliadas processaram impressionantes 110 milhões de toneladas de cana na safra que terminou em março. Esse desempenho sólido também se traduziu em um aumento nas vendas, com a Alvean exportando mais de 11 milhões de toneladas métricas de açúcar para mercados internacionais – um crescimento de 18% em relação ao ano anterior.
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