Em um desfecho surpreendente, Pierre Girgis, um ex-banqueiro do Capital One, conseguiu evitar a prisão mesmo após um juiz classificá-lo como um “espião acidental” no contexto de espionagem para o Egito.
Com 42 anos e uma carreira ilustre que foi abruptamente interrompida, Girgis enfrentou acusações em 2022, onde foi acusado de atuar como agente estrangeiro para obter dados confidenciais dos EUA relacionados a críticos do presidente egípcio, Abdel Fattah El-Sisi. Embora as acusações pudessem levar a uma pena de até 15 anos, os promotores permitiram que ele se declarasse culpado por uma contravenção com uma pena máxima de seis meses de prisão.
“Como imigrante do Egito, sinto um forte vínculo com ambos os países”, declarou Girgis ao juiz federal Katherine Failla em uma audiência no tribunal federal de Manhattan nesta terça-feira (15).
Com a dupla cidadania de EUA e Egito, Girgis já havia atuado no Citigroup. Segundo seu advogado, Andrew Dalack, os promotores divulgaram inicialmente um “comunicado de imprensa contundente” que apresentava Girgis como um espião, o que levou a sua demissão da Capital One, resultando em ameaças, isolamento social e o fechamento de suas contas bancárias.
Dalack argumentou que Girgis agiu de boa-fé, embora de maneira equivocada, buscando promover a segurança dentro da comunidade de imigrantes. O juiz, em sua análise, concordou que os quase três anos em que Girgis esteve sob fiança, sem poder visitar sua família no Egito, foram uma punição rigorosa o suficiente.
Após o julgamento, Dalack expressou que tanto ele quanto Girgis estavam “entusiasmados” com o “resultado justo” de não haver sanções criminais adicionais, um alívio em um caso que chamou atenção nacionalmente.
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