A situação no Oriente Médio está em plena ebulição, com altos representantes americanos prontos para um possível ataque ao Irã nos próximos dias, conforme relatórios de fontes bem informadas. Os ataques entre Israel e a República Islâmica continuam, gerando uma escalada preocupante.
Planos para um ataque poderiam ser colocados em prática já neste fim de semana, com líderes de várias agências federais se preparando para as consequências. A tensão é palpável.
Na quinta-feira, um míssil iraniano atingiu um hospital em Israel, marcando o incidente mais grave desde o início do conflito, há quase uma semana. O ataque ocorreu em uma área do Soroka Medical Center, previamente evacuada, resultando apenas em ferimentos leves, segundo o Ministério da Saúde de Israel.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não hesitou em afirmar que o Irã “pagará o preço completo” pelo ataque. A retórica de ambos os lados sugere que o conflito está longe de uma resolução pacífica.
Donald Trump, presidente dos EUA, vem considerando publicamente a possibilidade de apoiar os ataques israelenses ao Irã, o que poderia ampliar ainda mais o conflito no Oriente Médio. A situação permanece em evolução, e fontes anônimas destacam que os detalhes podem mudar a qualquer momento.
Em uma resposta contundente, Israel anunciou que intensificará suas operações contra alvos críticos e governamentais iranianos, com o objetivo de eliminar ameaças ao Estado de Israel e minar o regime de Teerã. O ministro de Defesa, Israel Katz, foi enfático: “Khamenei será responsabilizado”.
Este comentário revela que os objetivos de Israel vão além do programa nuclear iraniano. Durante a madrugada, jatos israelenses atacaram uma série de posições militares no Irã, incluindo um reator inativo em Arak, um local estratégico que abriga infraestrutura nuclear sensível, suscetível a preocupações internacionais por seu potencial na produção de plutônio.
No mercado financeiro, as ações europeias e os futuros nos EUA caíram devido à escalada geopolítica e os temores de aumentos adicionais no preço do petróleo, que já subiu 1,2%, ultrapassando a marca de US$ 77 por barril. Os mercados americanos estavam fechados devido ao feriado de Juneteenth.
Enquanto isso, as tentativas diplomáticas continuam. Anwar Gargash, assessor do presidente dos Emirados Árabes Unidos, usou suas redes sociais para afirmar que o conflito representa um “momento decisivo com consequências abrangentes” e pediu o fim das hostilidades e a retomada do diálogo.
Do lado iraniano, o ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, reafirmou que o Irã nunca buscou armas nucleares. Araghchi tem uma reunião agendada em Genebra com os chanceleres do Reino Unido, França e Alemanha para discutir a situação atual e o polêmico programa nuclear iraniano. A alta representante da UE, Kaja Kallas, também estará presente.
No próximo sábado, o ministro das Relações Exteriores participará de uma sessão especial sobre o conflito entre Irã e Israel, convocada pela Organização da Cooperação Islâmica em Istambul.
Trump, na Casa Branca, declarou que possui “ideias sobre o que fazer” e prefere tomar a “decisão final um segundo antes de ser necessário”, enfatizando a fluidez da situação. Ele afirmou: “Posso fazer isso. Posso não fazer”.
Um porta-voz da Casa Branca reafirmou que todas as opções continuam sobre a mesa.
Mudança de estratégia
A disposição de Trump em considerar ações militares sinaliza uma mudança significativa em relação à sua postura da semana passada, quando defendia a diplomacia e um acordo de desarmamento nuclear com o Irã.
Os líderes iranianos podem tentar mostrar a Trump uma disposição em reduzir o enriquecimento de urânio, numa tentativa de evitar um ataque militar americano.
A insistência de Trump tem respaldo de aliados que alertam sobre o avanço do Irã em direção a armas nucleares. O senador Lindsey Graham, da Carolina do Sul, emergiu como um defensor central de ações militares, de acordo com as fontes. Trump teria mantido diversas conversas com Graham sobre a situação.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Mariano Grossi, comentou à Bloomberg que não há provas de uma ação organizada por parte do Irã para desenvolver armas nucleares, mas sublinhou que “nenhum país no mundo está enriquecendo urânio em tal escala”.
Desde o início da ofensiva israelense na sexta passada, centenas de vidas foram ceifadas. O Irã reporta pelo menos 224 mortes, principalmente civis. Enquanto isso, Israel afirma que os ataques com mísseis balísticos e drones lançados pelo Irã resultaram em 24 mortes e mais de 800 feridos, conforme dados dos serviços de emergência.

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