A investigação, que está sendo realizada sob a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, se propõe a examinar as práticas e políticas comerciais do Brasil. Os tópicos de análise incluem: comércio digital, serviços de pagamento eletrônico, tarifas preferenciais injustas, interferência anticorrupção, proteção à propriedade intelectual, acesso ao mercado de etanol e o problema do desmatamento ilegal.
O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, declarou: “As barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil precisam de uma investigação detalhada e possíveis medidas de resposta”.
Na semana anterior, Trump havia instruído Greer a iniciar esta investigação da Seção 301, abordando as chamadas “agressões contínuas do Brasil às atividades comercais digitais das empresas americanas e outras práticas desleais.”
Além disso, na mesma comunicação, Trump anunciou a imposição de uma tarifa de 50% que entrará em vigor em 1º de agosto, alegando que essa ação era uma resposta ao tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que agora enfrenta acusações vinculadas a uma suposta tentativa de golpe. Trump descreveu essas alegações como uma “caça às bruxas” e pediu ao Brasil que as retire.
Estas tarifas contra o Brasil fazem parte de uma série de medidas que Trump está impondo a outras nações para novas taxas de importação, iniciadas no próximo mês, após falhar em firmar acordos durante três meses de negociações.
O caso envolvendo o Brasil é singular; o país não estava nas listas das tarifas recíprocas anunciadas em abril, e Trump utilizou circunstâncias internas para justificar sua ação. Ademais, o Brasil apresenta um déficit na balança comercial com os EUA, ao contrário de outros países alvo das tarifas, que geralmente têm superávits.” Essa situação pode indicar um ponto de inflexão nas relações comerciais entre Brasil e EUA.

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