O Irã e os EUA estão fazendo progressos significativos nas negociações sobre o programa nuclear de Teerã. Neste sábado, as duas delegações concluíram a segunda rodada de diálogos em Roma, com a mediação de Omã.
As reuniões foram lideradas pelo Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, e pelo enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, que se encontraram por pouco mais de três horas. A primeira rodada, realizada na semana passada em Mascate, foi considerada produtiva, mas as partes ainda divergem sobre várias questões.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou que o país se engaja “de olhos abertos”, indicando um compromisso com a diplomacia, enquanto as negociações permanecem indiretas, assim como aconteceram anteriormente.
No entanto, as tensões aumentaram após Witkoff exigir que o Irã desmantelasse seu programa de enriquecimento de urânio. O Irã contrapôs, reafirmando que sua capacidade de enriquecimento é inegociável, mantendo sua postura firme nas discussões.
As conversas também foram precedidas pela visita de Rafael Mariano Grossi, chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, que alertou que o tempo para uma solução duradoura está se esgotando, enfatizando a necessidade de ação rápida.
Antes das negociações, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, teve um encontro com seu homólogo iraniano e também se reuniu com Grossi. A Itália sempre buscou a mediação na relação complicada com o Irã, mantendo laços estreitos ao longo dos anos, mesmo diante de sanções.
Vale recordar que as relações entre esses países esmoreceram após a prisão da jornalista italiana Cecilia Sala no ano passado, demandando um complexo jogo de diplomacia de reféns que culminou na libertação de ambos, após conversas com Washington.
Araghchi deixou claro que Teerã busca um acordo razoável, procurando desmantelar quaisquer dúvidas sobre a natureza pacífica de seu programa nuclear, conforme declarado por seu ministério.
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