O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (HHS) está dando um passo ousado: a eliminação gradual dos corantes artificiais que enfeitam muitos produtos alimentícios, desde cereais até molhos para salada. Essa decisão surge em um momento crítico, onde a saúde das crianças deve estar em primeiro lugar.
O comissário da FDA, Marty Makary, fez um anúncio impactante nesta terça-feira (22), informando que a agência se unirá a vários setores da indústria para banir seis corantes sintéticos – incluindo o famoso Vermelho 40, Amarelo 5 e Azul 1 – até o final de 2026. Além disso, a FDA se comprometeu a retirar o Vermelho 3 antes de 2027. Essa medida é um claro sinal do governo Biden em busca de um futuro mais saudável para nossos jovens.
Makary não se esquivou de fazer conexões sérias entre os corantes artificiais e problemas de saúde, como hiperatividade, obesidade, diabetes e até câncer em crianças. Ele questionou abertamente: “Por que estamos correndo esse risco?” Essa declaração reflete uma preocupação genuína com a saúde pública.
Enquanto a maioria dos corantes está sendo eliminada, a FDA também pretende revogar a autorização para dois corantes menos conhecidos: Citrus Red 2 e Laranja B. O secretário do HHS, Robert F. Kennedy Jr., tem focado intensamente nos corantes alimentares artificiais como parte de uma abordagem mais ampla para combater doenças crônicas. Há anos, defensores da saúde alertam que esses corantes não adicionam nada de valor, apenas tornam alimentos não saudáveis mais atraentes.
Entretanto, as empresas do setor não estão felizes. Elas defendem a segurança dos corantes sintéticos e alegam que a remoção deles pode ser um processo trabalhoso, além de os corantes naturais serem mais caros. Contudo, a FDA informou que está movendo rapidamente para oferecer alternativas naturais, como o extrato de flor de ervilha-borboleta.
Esses corantes artificiais estão presentes em inúmeros produtos que atraem as crianças, como Froot Loops e Lucky Charms, além de bebidas como Fanta e Gatorade. Mesmo alimentos aparentemente saudáveis, como picles e purê de maçã saborizado, não escapam da controvérsia.
A ativista alimentar Vani Hari, conhecida como Food Babe, expressou sua empolgação: “Mal posso esperar para entrar em um supermercado e não ter que me preocupar mais com corantes alimentares artificiais!” Ela elogiou a ação da FDA como um triunfo de uma “campanha popular massiva.”
Alguns estados, como Virgínia Ocidental e Califórnia, já estão na vanguarda da regulamentação do uso de corantes alimentares. Recentemente, Kennedy esteve na Virgínia Ocidental para celebrar uma nova lei que proíbe sete corantes artificiais nas refeições escolares, e eventualmente, em toda a alimentação do estado. Claro, grupos de lobby de alimentos e bebidas rebatem essas iniciativas, citando estudos que não encontraram ligações claras entre os corantes e problemas comportamentais.
Pressão das empresas
O desejo do consumidor por alimentos mais saudáveis está forçando algumas empresas a reconsiderar suas práticas. Em março, Kennedy advertiu executivos de grandes marcas, como Kraft Heinz e General Mills, que mudanças eram iminentes.
No mês passado, a McCormick & Co. anunciou que estava reformulando produtos de tempero e panificação que usavam corantes artificiais. A PepsiCo também se comprometeu a criar uma linha de produtos livre de corantes artificiais.
Recentemente, a International Dairy Foods Association declarou que eliminará os corantes artificiais em produtos lácteos vendidos em escolas até julho de 2026. Essa decisão evidencia a crescente pressão sobre ingredientes mais saudáveis.
A IDFA afirmou que os laticínios não oferecerão mais produtos com cores sintéticas e que grandes empresas se comprometeram a esse plano. A busca por uma alimentação mais saudável parece se intensificar, com uma esperança renovada na qualidade dos alimentos que nossas crianças consomem.
Além disso, pode haver regulamentação federal sobre outros aditivos. Kennedy já solicitou à FDA que reavalie regras sobre como os aditivos alimentares são categorizados, visando uma transparência maior na indústria.

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