O Departamento de Defesa dos Estados Unidos deu um passo audacioso ao aceitar um luxuoso jato Boeing 747-8 do Catar como o novo Air Force One temporário para o presidente Donald Trump. Este presente, um dos mais grandiosos já feitos ao governo americano, surge em meio a um desejo de longa data de Trump por uma nova aeronave para sua presidência, depois de anos de espera e atrasos em contratos com a gigante aeroespacial Boeing.
Contudo, a decisão não é isenta de controvérsias. Politicos de diferentes matizes políticos levantaram preocupações éticas e de segurança em relação ao presente. O porta-voz chefe do Pentágono, Sean Parnell, afirmou: “O Secretário de Defesa aceitou o Boeing 747 do Catar em conformidade com todas as normas federais.” Ele garantiu que a segurança e as exigências operacionais seriam priorizadas na utilização dessa nova aeronave para o presidente.
Entretanto, um segundo porta-voz do Pentágono não forneceu informações adicionais sobre os custos ou o cronograma da conversão do jato, e a Força Aérea também não se manifestou de imediato sobre o assunto. O arranjo ainda exige que o avião do Catar funcione como um substituto enquanto a Boeing finaliza um novo par de jatos para o uso presidencial. Importante pontuar que Trump já declarou que não mais utilizaria o jato após seu mandato, e rumores sugiram que essa aeronave poderia acabar sendo desativada e exposta em uma futura biblioteca presidencial.
Este acordo, que despertou a indignação de legisladores e defensores da ética no governo, é visto como uma nova camada de conflito de interesse em um governo que frequentemente mistura interesses pessoais com a administração pública. A vastidão do presente é inegável, com o avião apresentando luxos como sofás, cadeiras especiais e uma suíte master.
“Eu me pergunto se nossa capacidade de julgar o histórico de direitos humanos deles seria ofuscada pelo fato desse grande presente”, ponderou o senador republicano Rand Paul em entrevista à Fox News. “Pessoalmente, eu não aceitaria.” Enquanto isso, a preocupação com a segurança em torno do uso de uma aeronave estrangeira como jato presidencial cresce, dado que a principal aeronave presidencial é equipada com sofisticados sistemas de comunicação e defesa.
A Casa Branca se defendeu, ressaltando que o acordo foi avaliado e aprovado pelos advogados do governo. Trump, desdenhando as críticas dos democratas, os chamou de “perdedores” e justificou a necessidade de um novo jato, afirmando que o Air Force One atual é “muito menor” e “muito menos impressionante” do que os jatos utilizados por líderes de outros países do Golfo.
“Nós somos os Estados Unidos da América, e acho que devemos ter o avião mais impressionante”, declarou Trump em uma entrevista recente à Fox News. “Algumas pessoas criticam isso como se fosse errado aceitar presentes, mas eu acredito que, por que não aceitaríamos? Estamos constantemente dando a todos.”

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