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ETFs de Alto Risco Estouram nos EUA; Descubra Como Lucrar com Eles
Com mais de 160 ETFs de derivativos lançados em 2023, investidores buscam maiores lucros e riscos. Conheça as novas apostas do mercado financeiro!
Está pronto para mergulhar no cenário financeiro dos Estados Unidos? Imagine lucrar com a MicroStrategy enquanto aposta contra o gigante bancário JPMorgan Chase. Ou talvez você queira investir na Netflix e desfazer-se dos papéis da Comcast. A nova onda de ETFs permite que você faça exatamente isso – e muito mais!
A última novidade vem da Tidal, que protocolou um pedido para lançar oito novos ETFs de estratégia de pares, permitindo comprar e vender simultaneamente ações concorrentes.
Com a marca “Battleshares”, essas ofertas incluem, por exemplo, a compra de ações da fabricante de chips de IA Nvidia enquanto se vende ações da Intel. Outro exemplo interessante é a aposta na Tesla contra a Ford. Se aprovados, esses ETFs utilizarão diversas ferramentas financeiras, incluindo operações a descoberto, swaps e opções, segundo o documento protocolado.
As combinações de Battleshares não param por aí. Veja outras opções:
- A corretora de criptomoedas Coinbase Global contra o banco Wells Fargo;
- Eli Lilly, que fabrica medicamentos para perda de peso, contra Yum! Brands, a dona do Taco Bell;
- Amazon se opondo a Macy’s, tradicionais varejistas.
O documento não detalha as taxas que serão cobradas por cada fundo, sendo que Michael Venuto, cofundador e diretor de investimentos da Tidal, evitou comentários sobre o pedido.
Revolução dos ETFs
Este ano, tanto empresas emergentes quanto grandes bancos estão inundando o mercado com ETFs de altas taxas, trazendo novidades em produtos de derivativos e perfis variados de retorno e alavancagem. O número de ETFs alavancados e inversos, além de fundos de “buffer” e de calls cobertas, cresceu consideravelmente, todos classificados como ETFs de derivativos.
Apesar da animação em torno desses produtos, muitos especialistas estão alertando para os riscos. Há preocupações sobre a quantidade excessiva de ofertas e se os investidores estão realmente cientes dos perigos desse tipo de investimento.
“Parabéns à indústria de ETFs por expandir os limites, mas algumas dessas novidades parecem se afastar da proposta original dos ETFs: serem investimentos diversificados e de baixo custo, parecendo mais voltadas para traders e especuladores”, comentou Athanasios Psarofagis, da Bloomberg Intelligence.
No entanto, os emissores defendem que seus produtos atendem à demanda crescente dos investidores – especialmente aqueles que começaram a negociar em casa.
Os ETFs de derivativos estão se espalhando rapidamente nos EUA, com mais de 160 novos fundos lançados apenas neste ano. Os ativos sob gestão desses produtos aumentaram seis vezes nos últimos cinco anos, alcançando impressionantes US$ 300 bilhões, de acordo com dados da Bloomberg.
Essa categoria abrange desde fundos de ações individuais alavancados até aqueles focados em rendimentos, atraindo muitos investidores que buscam grandes retornos no meio da volatilidade do mercado.
Os ETFs Battleshares não são os pioneiros nas estratégias de negociação em pares. Em 2019, a Direxion lançou fundos com estratégias como crescimento versus valor, e a comparação entre grandes e pequenas empresas. No entanto, todos foram liquidadas. Já um produto da ProShares, lançado em 2017, que apostava em varejistas online versus lojas físicas, possui apenas US$ 9 milhões em ativos atualmente.
“Observamos certo sucesso com fundos alavancados de ações individuais – essa pode ser a próxima evolução, com negociação em pares alavancados”, afirmou Todd Sohn, estrategista de ETFs na Strategas. “O desafio é encontrar uma combinação que ressoe com os traders. Na superfície, essas ideias são promissoras, mas podem mudar conforme o mercado oscila.”
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