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Eric Adams, prefeito de Nova York, pode encarar novas acusações de corrupção!
Novas acusações de corrupção podem surgir contra o prefeito de Nova York, Eric Adams. O que isso significa para a maior cidade dos EUA?
O prefeito de Nova York, Eric Adams, está em apuros e pode enfrentar novas acusações de crimes relacionados à corrupção, conforme revelado por promotores. Eles afirmaram que é “muito provável” que mais réus sejam implicados neste processo.
Na manhã desta quarta-feira (2), os EUA informaram ao juiz federal sobre essas possibilidades enquanto Adams comparecia ao tribunal em Manhattan pela segunda vez em uma semana. Os promotores enfatizaram que novas acusações são “possíveis” e que as investigações incluirão “múltiplas testemunhas”.
Na semana passada, Adams fez história ao se tornar o primeiro prefeito em exercício de Nova York a ser indiciado, um reflexo de uma vasta investigação criminal que levou a buscas nas residências de assessores da Prefeitura e à apreensão de telefones celulares. No dia seguinte ao indiciamento, ele se declarou inocente e foi liberado sem o pagamento de fiança.
Desde então, Adams iniciou um ataque pesado contra as acusações de corrupção que ameaçam seu governo. Ele negou firmemente as alegações, rejeitou apelos para renunciar e deixou claro que não recuará facilmente. Seu advogado acusou os promotores federais de vazarem informações sobre o caso para a mídia e pediu um julgamento rápido!
As acusações específicas
De acordo com os promotores, Adams começou a aceitar benefícios impróprios, incluindo viagens luxuosas patrocinadas por empresários turcos influentes, durante seu mandato como presidente do distrito do Brooklyn, antes de ser eleito prefeito. Ademais, ele é acusado de aceitar contribuições ilegais de fontes estrangeiras e de enganar os contribuintes com o uso inadequado de fundos destinados à sua campanha em 2021.
Nesta quarta-feira, ele compareceu para uma conferência inicial antes do julgamento. Este tipo de procedimento permite que as partes e o juiz discutam cronogramas, possíveis moções legais e a troca de evidências, tudo visando agilizar a resolução do caso.
Alex Spiro, defensor de Adams, solicitou ao juiz distrital dos EUA, Dale Ho, um nomeado por Biden que iniciou seu mandato em agosto de 2023, que o julgamento seja realizado sem atrasos.
“Não estamos interessados em que este caso se arraste indefinidamente”, afirmou Spiro.
Ele criticou as respostas do governo a perguntas sobre a troca de informações pré-julgamento, argumentando que “eles possuem uma acusação fraca” e, ainda assim, estão apresentando “longas declarações de abertura” sobre o que as testemunhas irão declarar, o que Spiro afirmou ser “enganoso e falso”.
As evidências
Os promotores alegam que as provas coletadas contra Adams incluem documentos comuns em investigações de colarinho branco, além de evidências específicas, como registros de uma companhia aérea turca que demonstram que ele não pagou US$ 50 mil por voos realizados em 2017. Também serão usados documentos governamentais e registros eletrônicos, incluindo dados de GPS, fotografias e gravações de voz.
Em uma manobra incomum, Spiro pediu ao juiz que descartasse imediatamente parte do caso. Na segunda-feira (30), ele protocolou uma moção para rejeitar uma acusação de suborno de programa federal, argumentando que decisões recentes da Suprema Corte tornam essa acusação insustentável. Spiro, então, realizou uma coletiva de imprensa onde tentou minimizar as alegações e se comprometeu a buscar a rejeição das outras quatro acusações também, que, segundo ele, se baseiam na palavra de um funcionário com motivos pessoais de vingança.
Para convencer um juiz a rejeitar acusações nesta fase inicial, é necessário demonstrar que, mesmo se as alegações do governo forem verdadeiras, elas não configuram um crime.
Na terça-feira, Spiro apresentou uma moção para ouvir o juiz sobre as sanções ao governo por supostos vazamentos de informações.
“Por quase um ano, o governo vazou informações sensíveis do grande júri e outros materiais para a mídia, buscando se promover, avançar em sua investigação e prejudicar injustamente o reputado prefeito Eric Adams”, disse ele em sua petição judicial. Ele argumentou que o juiz deveria “remediar essas flagrantes violações das regras de sigilo do grande júri”, que poderiam incluir a rejeição da acusação ou a supressão de algumas provas.
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