Estamos prestes a entrar em um ano decisivo para o mercado financeiro, após um 2023 agitado que surpreendeu até os mais céticos. O S&P 500 se aproxima de seus máximos históricos, e os investidores estão otimistas como nunca. Por que esse otimismo? O Federal Reserve parece ter encerrado seu ciclo de aumento das taxas de juros, mas isso é apenas o começo.
A questão agora não é apenas sobre taxas, mas sim sobre as implicações econômicas, os lucros das empresas e, claro, as eleições presidenciais dos EUA em novembro, que podem impactar tudo isso. Prepare-se, pois avaliar o impacto residual das decisões do Fed será crucial para entender a direção das ações em 2024.
Em 2023, muitos previram um colapso, mas o S&P 500 subiu mais de 24% apesar de colapsos bancários e receios de recessão. O otimismo tem suas razões.
1. Redução das taxas de juros
Nos últimos meses, a especulação sobre cortes nas taxas pelo Fed ganhou força, levando os mercados a apostarem em cortes mais profundos e antecipados. Traders de swaps estão prevendo uma redução de cerca de 150 pontos-base, o que é o dobro do que o próprio Fed prevê. Vários olhares atentos para como isso vai afetar os mercados.
2. Crescimento das big techs
As gigantes da tecnologia estão em destaque. Com a inteligência artificial revolucionando o mercado, nomes como Nvidia e Microsoft foram responsáveis por 64% da alta do S&P 500. As ‘Magníficas Sete’ devem continuar a crescer, mas será que já está tudo precificado? Louis Navellier acredita que seis delas têm potencial para 2024, com exceção da Apple, que precisa inovar para seguir relevante.
3. Eleições presidenciais nos EUA
Um ano de eleições tende a ser animador para os mercados. Historicamente, quando um presidente em exercício concorre, o S&P 500 registra um ganho médio de quase 13%. Isso acontece porque políticas e iniciativas favoráveis geralmente surgem para aquecer a economia antes da votação. Portanto, a atenção deve estar voltada para o que os incumbentes irão propor.
4. BoJ, China e Índia
O mercado japonês também promete emoções. Embora o índice Nikkei 225 tenha alcançado uma máxima em três décadas devido à política monetária do Banco do Japão, especialmente em um ambiente de iene fraco, desafios podem surgir em 2024 com a expectativa de aumento das taxas. Já a China, com suas incertezas, será observada de perto pelos investidores. Enquanto isso, a Índia desponta como um novo campeão com crescimento em setores de alta tecnologia e infraestrutura.
5. Postura do BCE e do BoE
Com o índice Stoxx Europe 600 em alta, as ações européias, especialmente as cíclicas ligadas à Ásia, podem beneficiar-se de um possível estímulo fiscal. Apesar de uma economia europeia enfraquecida, estimativas apontam um crescimento de cerca de 4% para 2024. Olho nas decisões do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra, que devem agir rapidamente para se alinhar ao que está acontecendo globalmente.
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