A Walt Disney, em um movimento significativo, decidiu retirar a diversidade como um dos critérios para a compensação de seus diretores. A nova abordagem avalia líderes com base na real incorporação dos valores da empresa e em como eles mantêm uma variedade de perspectivas.
Além disso, a Disney está encerrando o polêmico programa de inclusão Reimagine Tomorrow, alvo de reclamações da conservadora America First Legal Foundation, que alegou que as diretrizes de contratação do programa poderiam ser vistas como discriminatórias.
As alterações foram comunicadas em um memorando interno da diretora de Recursos Humanos, Sonia Coleman, enviado aos colaboradores nesta terça-feira (11).
A gigante de entretenimento, que tem sua sede em Burbank, Califórnia, está apenas seguindo uma tendência. A Disney se junta a outras empresas como McDonald’s, Amazon e Walmart, que recentemente também suavizaram suas políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), em resposta a um aumento das críticas de grupos conservadores. Até mesmo a administração do ex-presidente Donald Trump levantou questões sobre a legalidade dessas iniciativas nos últimos tempos.
“Nosso compromisso em manter uma cultura empresarial inclusiva, onde todos possam prosperar, permanece inalterado, pois isso é fundamental para oferecermos o entretenimento que atraí um público global”, enfatizou Coleman em seu comunicado.
Como parte dessas reformas, nomenclaturas das organizações internas dedicadas a grupos específicos foram alteradas para Grupos de Recursos de Funcionários de Pertencimento, realçando o foco na experiência dos colaboradores em vez do resultado financeiro da companhia.
A Axios noticiou inicialmente essas modificações, observando que também houve mudança na comunicação dos avisos de conteúdo nos filmes do serviço de streaming Disney+. A nova redação nos avisos inclui a afirmação de que “este programa é apresentado como originalmente criado e pode conter estereótipos ou representações negativas”, em vez de dizer que um filme “inclui representações negativas e/ou maus-tratos de povos ou culturas”.
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