Pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan, na China, anunciaram uma descoberta alarmante: um novo coronavírus encontrado em morcegos que utiliza o mesmo “portal” que o vírus causador da Covid-19. Até o momento, o vírus não foi detectado em humanos, transparecendo a gravidade da situação, uma vez que foi identificado exclusivamente em um ambiente de laboratório. Essa revelação fez com que as ações de várias fabricantes de vacinas subissem drasticamente na sexta-feira (21).
As ações da Moderna dispararam até 6,6% na tarde de sexta-feira, enquanto as da Novavax apresentaram um aumento impressionante de até 7,8%. Os ADRs da BioNTech, a parceira da vacina da Pfizer, também mostraram um crescimento relevante de até 5,1%, e a Pfizer teve um ganho significativo de até 2,6% em valor de mercado.
Esse avanço científico levanta questões sobre a potencial transmissão deste novo vírus de morcego de animais para humanos, conforme destacado pelos pesquisadores em um artigo publicado na renomada revista Cell na terça-feira.
O centro de pesquisa de Wuhan é famoso por seu trabalho com coronavírus de morcegos. Uma das teorias mais discutidas sobre a origem da pandemia de Covid-19 sugere que o vírus pode ter vazado desse laboratório, possivelmente através de um trabalhador infectado. Os pesquisadores do instituto já negaram ter trabalhado em qualquer vírus que pudesse ter desencadeado a pandemia. Em 2023, os EUA interromperam o financiamento para esse laboratório, que havia recebido recursos por meio da EcoHealth Alliance, uma instituição baseada nos Estados Unidos, em meio a um intenso debate sobre a segurança do laboratório.
O novo coronavírus de morcego se liga a uma proteína amplamente presente no corpo humano e em outros mamíferos, indicando um potencial de infecção mais amplo. Ele é intimamente associado ao vírus causador da síndrome respiratória do Oriente Médio, o MERS.
Desde sua identificação em 2012 até maio de 2024, houve cerca de 2.600 casos confirmados do MERS globalmente, com uma taxa alarmante de mortalidade de aproximadamente 36% entre os infectados. A maior parte dos casos ocorreu na Arábia Saudita, conforme relatórios da Organização Mundial da Saúde.

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