A demissão de Maurene Comey, filha do ex-diretor do FBI, James Comey, causou alvoroço no cenário jurídico norte-americano. O Departamento de Justiça dos EUA decidiu dispensá-la, sem razões claras, em um memorando que deixou seus colegas perplexos.
Como procuradora no Gabinete do Procurador dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, Maurene Comey fez parte de investigações intensas sobre casos de tráfico sexual, incluindo os envolvendo Jeffrey Epstein, sua cúmplice Ghislaine Maxwell e até mesmo o rapper Sean “Diddy” Combs.
Em uma mensagem compartilhada com seus colegas, que foi capturada pela Bloomberg, Comey expressou seu descontentamento, afirmando que sua demissão foi abrupta e sem fundamentação. Ela declarou: “Fui sumariamente demitida por um memorando do Departamento de Justiça que não apresentou motivo para minha demissão. Eu aconselho todos a cuidarem de sua segurança ao apresentar casos, pois o medo pode inibir decisões justas. Não deixem que isso aconteça”.
Embora a porta-voz do Distrito Sul de Nova York tenha se recusado a comentar sobre sua saída, a situação sinaliza um momento tenso dentro do Departamento de Justiça, especialmente considerando a influência política que tem estado em jogo desde a volta de Trump ao cargo em janeiro. O governo tem dispensado procuradores e equipe administrativa que participaram de investigações no passado, incluindo aquelas sobre os eventos do Capitólio.
A crítica sobre o manejo dos arquivos Epstein intensificou-se, especialmente entre os apoiadores de Trump, após a demissão de Comey. Vale lembrar que James Comey foi demitido por Trump durante seu primeiro mandato como presidente, em um movimento que gerou grande controvérsia.

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