A instabilidade política no Japão se intensifica com a queda do apoio ao Primeiro-Ministro Shigeru Ishiba, resultando em uma reação significativa nos mercados financeiros. Na última segunda-feira (17), o rendimento dos títulos de 40 anos do governo japonês chegou a um nível recorde de 3%, um marco impressionante que ecoa preocupações sobre a saúde financeira do país.
Enquanto especulações sobre uma possível flexibilização fiscal ganham força — na tentativa de impulsionar os gastos antes das próximas eleições — o rendimento de 40 anos saltou para o mais alto desde sua emissão, em 2007. A situação se agrava ainda mais com os rendimentos dos títulos de 30 anos, que atingiram 2,63%, um nível que não era registrado desde 2006.
Recentemente, os leilões de dívidas de curto prazo, com vencimentos de cinco e dez anos, mostraram uma preocupante falta de interesse por parte dos investidores. Essa fraqueza cria um cenário desafiador para a venda de títulos de 40 anos programada para o dia 27 de março, que é aguardada com intensa expectativa — e pode acentuar ainda mais a pressão sobre os rendimentos.
“A demanda é fraca em relação à oferta, levantando sérias dúvidas sobre a capacidade do mercado em absorver um leilão de títulos de 40 anos”, afirmou Takashi Fujiwara, chefe de gestão de títulos e principal gestor de fundos da Resona Asset Management.

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