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China isenta 24% das importações dos EUA para aliviar guerra comercial

A China isentou 24% das importações dos EUA, totalizando cerca de US$ 40 bilhões em um esforço para aliviar a tensão da guerra comercial e proteger sua economia.

Uma ilustração que combina as bandeiras dos EUA e da China.
<p>Bandeiras dos Estados Unidos e da China aparecem nesta representação criada em 8 de janeiro de 2025. REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração/Arquivo de Foto/Arquivo de Foto</p>

A China surpreendeu o mercado ao isentar discretamente produtos dos EUA de tarifas, abrangendo aproximadamente US$ 40 bilhões em importações. O objetivo aqui é claro: suavizar os efeitos devastadores da guerra comercial em sua economia.

Recentemente, circulou uma lista contendo 131 itens isentos, que inclui produtos farmacêuticos e químicos. Essa informação, veiculada por Bloomberg News, ainda não foi oficialmente confirmada, mas já há relatos de empresas na China que conseguiram importar esses produtos sem pagar tarifas.

Esses 131 itens representam cerca de 24% das importações chinesas dos EUA projetadas para 2024, segundo cálculos da Bloomberg baseados em dados alfandegários. É interessante notar que essa estratégia espelha as ações da administração Trump, que isentou diversos eletrônicos de tarifas recíprocas. Em 2022, isenções dos EUA atingiram cerca de 22% das importações americanas da China.

Isso sugere que as isenções chinesas têm mais a ver com estratégia do que com generosidade: Pequim está claramente buscando se equiparar a Washington em um cenário altamente competitivo. Isso também demonstra uma prioridade clara: proteger sua economia dos efeitos adversos da guerra comercial.

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Como aponta Gerard DiPippo, diretor associado do RAND China Research Center, “A China está tentando mitigar os danos à sua economia, evitando um colapso nas importações essenciais.” É importante observar que essas isenções não devem ser vistas como um apelo à paz, dado que a China se mantém em silêncio sobre esse assunto e prefere agir por canais comerciais sem fazer declarações públicas.

Perspectivas de Chang Shu, Economista-chefe para a Ásia

A visão de nossa equipe é de que isentar tarifas sobre produtos americanos essenciais e difíceis de substituir seria uma jogada inteligente da China. Isso poderia diminuir as tensões com os EUA e atender aos interesses da indústria local. Qualquer esforço para acalmar a situação é benéfico, pois evita confrontos ainda mais abrangentes.

Há indícios de que as relações comerciais possam estar mudando com sinais recentes do Ministério do Comércio da China, que anunciou estar considerando negociações com os EUA. Os mercados de ações reagiram positivamente a essa informação.

“Os EUA tentaram recentemente se comunicar com a China, na esperança de iniciar negociações”, afirmou o ministério em nota. A China assessora agora empresas estrangeiras sobre quais importações dos EUA são essenciais e que não podem ser facilmente substituídas. Alguns desses itens já receberam isenções de tarifas de 125%.

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A lista de isenções é dinâmica e será adaptada conforme as necessidades evoluírem. Mais produtos podem ser adicionados enquanto outros podem ser removidos, dependendo da disponibilidade de substitutos.

Nos últimos dias, surgiram relatos de que o governo chinês está considerando isentar tarifas sobre dispositivos médicos e produtos químicos. Isto reflete uma dependência contínua da China em relação a produtos americanos, mesmo que a balança comercial favoreça os EUA.

Embora as isenções sejam um sinal de dependência, a guerra comercial tem afetado as economias de ambos os lados. Recentemente, a atividade industrial chinesa atingiu sua menor taxa desde dezembro de 2023. Os bancos como UBS Group AG e Goldman Sachs já reduziram suas expectativas de crescimento para a China para 4% ou menos.

Por fim, Wu Xinbo, diretor do Centro de Estudos Americanos da Universidade Fudan, expressou que, embora não possa confirmar as isenções, não ficaria surpreso. “Tarifas são uma forma de autoimposição. É preciso controlar os danos o máximo possível.”

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