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China impõe restrições a investimentos nos EUA: tensão crescente

Pequim reforça suas barreiras para empresas locais interessadas nos EUA, realçando a tensão entre as duas potências. O que isso significa para o futuro?

A stunning view of the Great Hall of the People.
<p>Qilai Shen/Bloomberg</p>

A China acaba de adotar medidas rígidas para frear as empresas locais que desejam investir nos Estados Unidos. A estratégia tem como objetivo fortalecer a posição de Pequim nas negociações comerciais com a administração Trump, em meio a um cenário já tumultuado.

Informações de fontes anônimas revelam que a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC), a principal autoridade de planejamento econômico da China, começou a suspender o registro e a aprovação de novas solicitações de investimentos nos EUA. A decisão foi tomada em resposta ao crescente embate entre as duas maiores economias do mundo.

Historicamente, a China já havia imposto restrições por questões de segurança nacional e controle do fluxo de capital, mas essas novas iniciativas refletem uma escalada das tensões, especialmente no contexto das tarifas elevadas impostas por Donald Trump. Em 2023, os investimentos chineses nos EUA totalizaram impressionantes US$ 6,9 bilhões, mas essa quantia agora pode ser afetada.

Embora acordos já existentes, incluindo aquisições e investimentos em produtos financeiros como os títulos do Tesouro americano, não estejam sob risco imediato, a incerteza é um fator que pode desestabilizar empresas que consideram investir no exterior. A duração dessa proibição e seu impacto a longo prazo ainda permanecem nebulosos.

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Nenhum comentário foi disponibilizado até o momento pela NDRC ou pelo Ministério do Comércio, que estão sob pressão para explicar as razões e os potenciais desdobramentos dessa decisão.

O presidente Trump está previsto para anunciar, na próxima quarta-feira, novas tarifas “recíprocas” sobre países aliados, com a China figurando entre os mais afetados. Em um memorando anterior, Trump já tinha solicitado que um comitê governamental limitasse os investimentos chineses em setores estratégicos como tecnologia e energia.

A crescente vigilância da China sobre seus investimentos externos está se intensificando, especialmente após uma fuga de capitais recorde que pressionou o yuan, conforme relata a Bloomberg News.
Embora a nova política foque nas empresas que tentam investir nos EUA, ela também cria um cenário instável para aquelas que buscam transferir produção para outras localizações, como forma de evitar barreiras comerciais.

Um exemplo das dificuldades enfrentadas é a CK Hutchison Holdings Ltd., que no mês passado anunciou a venda de 43 portos, incluindo dois no Panamá, a um consórcio liderado pela BlackRock Inc. por US$ 19 bilhões. O movimento provocou descontentamento na China, que instruiu suas empresas estatais a interromper novas parcerias com laços ao magnata Li Ka-shing e sua família.

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Dados do Ministério do Comércio da China mostram que, apesar de um aumento de 8,7% nos investimentos para outros países, os investimentos chineses nos EUA caíram 5,2% em 2023, reduzindo a fatia acumulada de 2,8% do total de investimentos da China.

As empresas chinesas que buscam empreendimentos no exterior são obrigadas a passar por um rigoroso processo de registro e aprovação, envolvendo as principais autoridades do país, incluindo o Ministério do Comércio e a NDRC.

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