Na última terça-feira (8), dois influentes blogueiros associados ao governo chinês revelaram um conjunto de medidas que Pequim está considerando para responder às ameaças tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump. Entre as ações propostas estão tarifas elevadas sobre produtos agrícolas americanos e um possível veto a filmes de Hollywood. As informações foram divulgadas nas redes sociais por figuras proeminentes, como Liu Hong, editor sênior da Xinhuanet, uma importante plataforma de notícias estatal.
As medidas sugeridas, provenientes de fontes não identificadas que supostamente estão a par das discussões, incluem:
- Suspensão da cooperação entre China e EUA em questões relacionadas ao fentanil
- Aumento expressivo nas tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA, como soja e sorgo
- Proibição da importação de aves dos EUA
- Imposição de restrições aos serviços americanos operando na China
- Redução ou proibição da importação de filmes dos EUA
- Investigação sobre os benefícios de propriedade intelectual de empresas americanas atuando na China
Um dos blogueiros, conhecido como Niutanqin, que é verificado e gerido por Liu desde 1998, fez essa publicação logo após a China declarar a sua intenção de “lutar até o fim” em resposta às ameaças de Trump. Liu também ocupa a posição de editor adjunto na Xinhua, e o mesmo conjunto de medidas foi compartilhado por Chairman Rabbit, que é o neto formado em Harvard de um ex-líder do Partido Comunista local.
O movimento do governo chinês ocorre no contexto de um aumento crescente nas tensões comerciais, com o Índice Hang Seng China Enterprises mostrando uma leve queda após momentos de otimismo durante as negociações.
As ações de empresas da China, particularmente as de produtores de terras raras e do setor cinematográfico, respondem de forma positiva às notícias, indicando uma certa resiliência no mercado chinês.
Vale lembrar que a China se comprometeu a retaliar após Trump ameaçar impor impostos adicionais de 50% sobre importações chinesas. Por sua vez, o banco central da China já começou a afrouxar o controle sobre o yuan, com o objetivo de fortalecer suas exportações durante esse período conturbado.

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