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China busca aliados dos EUA antes da possível volta de Trump

Com a aproximação das eleições nos EUA, a China intensifica esforços diplomáticos, mirando o fortalecimento de laços com aliados em resposta a uma possível vitória de Trump.

<p>O ex-mandatário americano, Donald Trump, exibe um sinal de aprovação durante a Cúpula da Agenda America First do America First Policy Institute em Washington, D.C., EUA, na terça-feira, 26 de julho de 2022 (Al Drago/Bloomberg)</p>

Em meio a incertezas econômicas e políticas, a inicia uma estratégia ousada, visando estreitar relações com aliados e parceiros dos EUA antes da eleição presidencial em novembro. Uma eventual vitória de Donald Trump, conhecido por sua postura agressiva em política comercial, motiva a nação asiática a melhorar seus laços diplomáticos.

Nos últimos dias, Pequim tem promovido um “novo começo“ com o Japão e buscado uma distensão com a Índia, tentando atenuar tensões que perduraram na sua diplomacia combativa durante o governo Trump. Além disso, as autoridades chinesas também visam a reconciliação com o Reino Unido e a Austrália, o que representa um contraste significativo com a postura mais hostil do passado.

Richard McGregor, pesquisador do Lowy Institute, destaca que “a China tem se mostrado surpreendentemente solícita, buscando resolver ou melhorar relações com diversas nações”. Este movimento é uma estratégia clara de Pequim para se preparar para um futuro incerto com um presidente dos EUA imprevisível.

Um exemplo recente desta mudança é o acordo com a Índia para reiniciar operações de patrulha na conturbada fronteira himalaia, encerrando um impasse de quatro anos. O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente Xi Jinping se encontraram na cúpula do BRICS, prometendo estabilizar a relação entre os dois países.

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“É crucial que trabalhemos juntos para fortalecer a comunicação e gerenciar nossas diferenças”, declarou Xi, segundo a emissora estatal CCTV. Este esforço reflete não apenas uma adaptação da China à crescente proteção comercial global, mas também como os países em desenvolvimento buscam proteger-se contra as políticas protecionistas dos EUA.

Henry Wang Huiyao, do Centro para a China e Globalização, argumenta que “a China está em busca de alianças enquanto os EUA se distanciam, colocando a culpa em outros por suas dificuldades econômicas.” Com as eleições se aproximando, as disputas entre Trump e a candidata democrata Kamala Harris seguem acirradas, deixando as relações comerciais da China sob intensa observação.

Após as eleições, as análises das relações comerciais da China serão um ponto central em fóruns na América Latina, incluindo as cúpulas do APEC e G20. Enquanto isso, alguns parceiros comerciais da China já experimentaram benefícios, com um aumento nas exportações de vinho da Austrália, após a resolução de desentendimentos anteriores.

Ademais, as exportações japonesas de frutos do mar podem ser beneficiadas, dado que um recente acordo com Pequim poderá suspender restrições que foram impostas anteriormente. A Alemanha também demonstra interesse em colaborar com a China, evidenciando um clima de diplomacia renovada.

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Entretanto, a realidade é que, apesar desses laços emergentes, as tensões entre a China e os EUA e a União Europeia tornam-se mais evidentes. Ambos os blocos votaram favoravelmente à imposição de tarifas pesadas sobre veículos chineses, enquanto Pequim já demonstrou sua oposição. A situação permanece delicada, com temas como Taiwan e o Mar do Sul da China ainda criando fissuras significativas nas relações bilaterais.

Diante desse panorama, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, revelou que a China reconhece a importância dos períodos eleitorais e busca gerenciar suas relações de maneira responsável. Contudo, a ofensiva diplomática da China é fundamental para seu futuro econômico, particularmente dado que sua economia enfrenta o crescimento mais lento desde 2023 e requer investimentos externos para reviver sua vitalidade.

Em suma, enquanto a China busca uma nova abordagem diplomática, fica claro que os desafios permanecem, e o impulso por uma economia saudável será determinante para o país nos próximos meses.

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