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CEO do JPMorgan quer extinguir criptomoedas, afirma em audiência no Senado
Jamie Dimon critica os criptoativos e pede sua extinção em audiência no Senado dos EUA. Acompanhe.
Na quarta-feira (6), Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, fez uma declaração contundente ao falar diante de legisladores dos Estados Unidos: se tivesse a autoridade, ele encerraria a indústria de criptomoedas de uma vez por todas.
“Se eu fosse o governo, fecharia tudo”, afirmou durante a audiência anual de supervisão de Wall Street do Comitê Bancário do Senado.
Essas declarações se somam à longa lista de críticas que Dimon tem feito às moedas digitais, que ele já se referiu como “esquemas Ponzi” e “fraude” em ocasiões anteriores.
Seus comentários ocorrem em meio a uma série de incidentes de hacks e escândalos na indústria, a qual tem sido alvo crescente de atenção por parte de reguladores e legisladores americanos, especialmente após o colapso da exchange FTX, liderada por Sam Bankman-Fried.
A senadora Elizabeth Warren, do Partido Democrata em Massachusetts, aproveitou a mesma audiência para unir forças com republicanos e líderes do setor financeiro contra os criptoativos.
“Os terroristas de hoje utilizam uma nova estratégia para eludir a Lei de Sigilo Bancário: criptomoedas”, declarou Elizabeth.
Dimon e outros líderes do setor financeiro, como Brian Moynihan, CEO do Bank of America, insistiram que suas instituições têm medidas rigorosas para impedir o uso por parte de terroristas e outros criminosos.
Elizabeth argumentou que as regulamentações contra lavagem de dinheiro que os bancos seguem precisam ser expandidas para incluir os ativos digitais, recebendo apoio unânime dos CEOs presentes.
“Normalmente, não estou aliada a CEOs de bancos multibilionários, mas esta é uma questão de segurança nacional”, ressaltou Elizabeth, que sempre expressou sua preocupação com a falta de regulamentação e os laços de grandes instituições financeiras com o mercado cripto.
Vale ressaltar que as críticas de Dimon se concentram na indústria de criptoativos, mas não se estendem à tecnologia blockchain, a qual seu banco tem utilizado em diversos projetos.
O JPMorgan é um dos pioneiros ao lançar o JPM Coin, uma stablecoin que facilita pagamentos utilizando a tecnologia blockchain. O banco prevê que o token possa movimentar até US$ 10 bilhões em transações diárias nos próximos dois anos, um salto considerável em relação aos US$ 1 bilhão movimentados atualmente.
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