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CEO da Olympus abandona cargo após grave acusação de tráfico de drogas

Uma grave acusação mancha a Olympus: seu CEO renuncia sob suspeita de compra de drogas. A repercussão é imediata!

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Exterior da Olympus

A Olympus Corp. foi abalada por uma situação inesperada: o diretor executivo, Stefan Kaufmann, renunciou após ser acusado de comprar drogas ilegais. Essa saída chocante ocorreu menos de dois anos após seu início no cargo. Como consequência, as ações da empresa enfrentaram uma profunda queda de mais de 7% na segunda-feira, a maior em quase três meses.

A Olympus, tradicionalmente reconhecida como uma fabricante de câmeras e equipamentos de imagem, recentemente direcionou suas operações para o setor médico, focando em endoscópios. Até o momento, a empresa não fez mais comentários sobre o assunto, alegando uma investigação em curso. A Kyodo News revelou que a polícia japonesa também entrou no caso para apurar os fatos.

Desempenho das ações

No período em que esteve à frente da Olympus, Kaufmann, de 56 anos, viu as ações da empresa aumentarem cerca de 18%. Contudo, esse número é apenas a metade do crescimento registrado pelo índice Topix no mesmo lapso de tempo. Enquanto isso, Yasuo Takeuchi, presidente do Conselho de Administração, assumirá a função de CEO interino da Olympus.

A diretoria, em uma decisão unânime, afirmou que “Kaufmann provavelmente se envolveu em comportamentos que violam a ética, valores e a cultura da empresa”, conforme um comunicado oficial da Olympus. Essa declaração levou à solicitação de sua renúncia.

Kaufmann não respondeu a mensagens enviadas através do LinkedIn que buscavam comentários sobre o caso.

As acusações contra Kaufmann, um dos poucos executivos estrangeiros a liderar uma corporação japonesa de grande porte, ainda não estão claras. O Japão mantém normas extremamente rigorosas que regulam o uso e a importação de substâncias controladas.

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que um executivo de uma empresa japonesa se vê diante de investigações por uso de drogas ilegais. Em 2015, a conselheira de mídia da Toyota Motor Corp., Julie Hamp, foi forçada a renunciar após ser detida por tentativa de importação de medicamentos controlados sem permissão. Contudo, ela foi liberada sem acusações e retornou à empresa em 2022.

Se Kaufmann for considerado culpado, as implicações para a Olympus podem ser devastadoras em termos de reputação.

De acordo com Yasutake Homma, analista de ESG da Bloomberg Intelligence, “A Olympus opera no setor de equipamentos médicos de alta precisão, onde a excelência é crucial. Se for verdade que o CEO renunciou devido a acusações de compra de drogas ilegais, isso certamente impactará sua imagem”.

Esse incidente marca a segunda vez que a Olympus se despede de um CEO estrangeiro. Em 2011, o britânico Michael Woodford foi demitido algumas semanas após sua posse, alegando que sua saída estava relacionada a investigações sobre práticas contábeis anteriores.

Além disso, em agosto, a Olympus já havia reduzido sua previsão de lucro operacional para o ano, indicando que a empresa tem lidado com um crescimento inconsistente nos últimos tempos.

Apesar de serem notícias preocupantes, os analistas do Citigroup afirmaram em uma nota que a empresa fez a coisa certa ao tomar medidas após a acusação. Eles expressaram que esperam que qualquer repercussão seja controlada. “O comitê de nomeação avaliará todas as opções para o novo CEO, mas acreditamos que a escolha ideal seria o Sr. Takeuchi, que já liderou a iniciativa Transform Olympus, para assumir o comando.”

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