O CEO da Nvidia, Jensen Huang, emitiu uma declaração categórica sobre as Forças Armadas da China, afirmando que os Estados Unidos não devem temer o uso de chips de IA produzidos por sua empresa nesse contexto. A declaração foi feita durante uma entrevista ao programa Fareed Zakaria GPS, veiculado pela CNN no último domingo (13).
Huang abordou a preocupação crescente em Washington sobre as restrições às exportações de tecnologia em direção à China, destacando que as forças armadas da nação asiática provavelmente não optarão por tecnologia americana devido aos riscos associados. “Não precisamos nos preocupar com isso”, disse Huang. “Eles simplesmente não podem confiar nisso, e isso pode ser restringido a qualquer momento”, alertou.
Vale ressaltar que a Nvidia, junto com outras empresas do setor, perdeu bilhões em receita devido a novas regras rígidas implementadas para limitar o acesso da China a tecnologias avançadas de inteligência artificial. Com a justificativa de que o uso irrestrito desses recursos poderia ameaçar a segurança nacional, o governo dos EUA tem se mostrado firme em sua abordagem.
Diálogo com Trump
Recentemente, Huang se reuniu com o ex-presidente Donald Trump em Washington e enfatizou que as atuais estratégias de restrição podem não ter o efeito desejado. Ele argumentou que tal abordagem poderia, na verdade, resultar em um aumento das capacidades tecnológicas domésticas da China, que em última análise, poderiam competir com as da indústria americana.
A Nvidia defende que as empresas dos EUA deveriam ter autorização para exportar para o vasto mercado de semicondutores da China, essencial para o avanço da IA. Durante seu encontro, Huang elogiou as iniciativas do governo americano para incrementar a produção local de semicondutores. As empresas, como a Nvidia, ainda dependem significativamente da Taiwan Semiconductor Manufacturing, que possui a maioria de suas operações próximas ao território chinês.
Trump, em sua reunião com Huang, elogiou o notável sucesso da Nvidia, que se tornou a primeira companhia americana a atingir uma capitalização de mercado de US$ 4 trilhões. Enquanto os detalhes do encontro na Casa Branca não foram completamente revelados, tanto o governo quanto os legisladores permanecem firmes em suas posturas de restringir o acesso das empresas chinesas a tecnologias sensíveis.

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