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Celtics, campeões da NBA, exploram investimento do fundo Mubadala
Com franquias em valorização, os Celtics buscam fundos do Golfo Pérsico para garantir capital e fortalecer suas operações na NBA.
Após a decisão de colocar à venda o Boston Celtics, a equipe campeã da NBA, o principal proprietário Wyc Grousbeck aproveitou uma viagem ao Oriente Médio para se reunir com investidores de renome. A liga americana de basquete está buscando novos aportes para expandir suas operações.
Os Celtics participaram de jogos de pré-temporada em Abu Dhabi em outubro, durante a terceira visita da NBA aos Emirados Árabes Unidos. Durante essa estadia, Grousbeck conversou com representantes do Mubadala Investment, um dos fundos soberanos mais influentes da região, a respeito de um possível investimento na franquia.
Embora o Mubadala ainda não tenha feito qualquer decisão definitiva, a Bloomberg reportou que seus executivos têm um interesse crescente em investir na NBA. Há, no entanto, um desafio: grandes investidores do Oriente Médio hesitam em adquirir participações passivas em franquias, especialmente quando os valuations são elevados e não oferecem influência direta sobre a gestão. Vale lembrar que os fundos soberanos podem deter até 20% de uma equipe da NBA.
O Golfo Pérsico como fonte crucial de investimento
Com a valorização das franquias aumentando, os proprietários de times estão cada vez mais se voltando para os fundos soberanos do Golfo Pérsico, que possuem os recursos financeiros necessários para adquirir participações significativas nas equipes.
No caso dos Celtics, avaliados em impressionantes US$ 5,1 bilhões pela Sportico, a necessidade desse tipo de investimento se torna ainda mais evidente. Apesar da performance positiva em quadra, existem expectativas de que o time enfrente déficits devido aos altos custos operacionais. Outro fator preocupante é a falta de uma arena própria, um item que oferece uma fonte de receita fundamental para os investidores.
Nenhum representante do Mubadala ou dos Celtics quis comentar sobre a reunião até o momento.
Recentemente, os Celtics também fizeram uma visita à Casa Branca para celebrar seu título, onde Grousbeck afirmou que há “muito” interesse pela equipe, o que pode ser um indicativo de um futuro promissor para a franquia.
Expandindo a presença da NBA no Oriente Médio
As ações de Grousbeck no Oriente Médio fazem parte de uma estratégia maior da NBA para se conectar com a região. Em 2023, a liga teve diálogos com investidores soberanos do Catar e está contemplando uma variedade de possíveis colaborações, incluindo a realização de jogos em estádios construídos para a Copa do Mundo de 2022 e negociações envolvendo direitos de mídia.
A NBA planeja abrir um escritório regional no Oriente Médio, uma das poucas áreas onde ainda não possui uma presença direta. Mike Bass, porta-voz da liga, afirmou: “Estamos explorando várias estratégias para intensificar nosso engajamento com os fãs na região do Golfo, onde o interesse pela NBA tem crescido exponencialmente.”
No meio de 2023, a Qatar Investment Authority adquiriu uma participação de 5% na Monumental Sports & Entertainment, controladora do Washington Wizards, reafirmando o crescente apetite dos investidores árabes pelo basquete da NBA.
Nos Emirados Árabes, novos acordos de patrocínio solidificam ainda mais a conexão com a NBA. A Emirates Airline, com sede em Dubai, é a principal patrocinadora da NBA Cup, um torneio que fez sua estreia na temporada passada. Além disso, o uniforme do New York Knicks destaca Abu Dhabi como um destino turístico atraente.
A liga está, ainda, em negociações para renovar um contrato de patrocínio com a ADQ, uma holding de investimentos em Abu Dhabi, que expira neste ano. O presidente do conselho do Departamento de Cultura e Turismo de Abu Dhabi, Mohamed Khalifa Al Mubarak, é conhecido por seu afeto pelos Lakers e é irmão do CEO do Mubadala.
Outras equipes em foco no Oriente Médio
Rumores sugerem que o New York Knicks pode ser a próxima franquia da NBA a captar investimentos do Golfo Pérsico. Controlado pela Madison Square Garden Sports Corp., sob a gestão da família Dolan, a empresa tem visto a Silver Lake Management, uma das suas principais acionistas, estreitar laços com o Sheikh Mansour Bin Zayed Al Nahyan, de Abu Dhabi, que já investiu junto na gigante do futebol Manchester City.
Em uma teleconferência sobre resultados no ano passado, David Hopkinson, então presidente da MSGS, deixou claro que a corporação está aberta à possibilidade de vender uma participação minoritária nos Knicks.
Em outubro, a Sphere Entertainment, de James Dolan, que administra o Sphere de US$ 2,3 bilhões em Las Vegas, anunciou planos para construir uma nova arena em Abu Dhabi, indicando um forte comprometimento com a região.
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