Em um movimento decisivo, o Canadá anunciou a implementação de tarifas retaliatórias de 25% sobre veículos fabricados nos EUA. Essa ação surge como resposta direta aos impostos de importação sobre automóveis estrangeiros impostos pela administração Trump, conforme declarou o primeiro-ministro Mark Carney nesta quinta-feira (3).
Essas tarifas se aplicarão exclusivamente a veículos que não atendem aos padrões estabelecidos pelo Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) e também sobre o “conteúdo não canadense” em automóveis e caminhões que são enviados em conformidade com as normas desse acordo comercial. Em outras palavras, o Canadá está reproduzindo a estrutura das tarifas automotivas já instituídas pelos EUA.
Embora o Canadá tenha sido inicialmente poupado das chamadas “tarifas recíprocas” anunciadas por Trump, novas tarifas de 25% sobre automóveis produzidos fora dos EUA começaram a vigorar na manhã de quinta-feira. Para o Canadá, isso significa que tais tarifas afetarão diretamente o conteúdo não americano dos veículos acabados.
No entanto, é importante ressaltar que o setor automotivo canadense está intimamente interconectado com o dos EUA, e, como resultado, deve enfrentar consequências significativas devido às tarifas impostas por Trump. A Stellantis, que controla as marcas Jeep e Chrysler, já confirmou que vai fechar temporariamente sua planta de montagem em Windsor, Ontário, por duas semanas para avaliar os impactos dessa nova realidade, conforme comunicado enviado aos funcionários.
Além disso, tarifas elevadas dos EUA ainda persistem sobre produtos que não estão em conformidade com o Acordo EUA-México-Canadá, assim como sobre todos os produtos de aço e alumínio. Trump também lançou ameaças de criação de novas taxas sobre medicamentos farmacêuticos, semicondutores, cobre e até madeira.

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