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BYD pressiona fornecedores e intensifica guerra de preços de elétricos na China
A BYD, gigante dos elétricos, exige cortes de 10% nos preços de fornecedores para dominar o mercado chinês.
A BYD está tomando medidas drásticas e exigindo que seus fornecedores reduzam os preços em 10% a partir de janeiro do próximo ano, o que indica que o fabricante de veículos elétricos está se preparando para um confronto ainda mais acirrado na guerra de preços no maior mercado automotivo do mundo.
Um e-mail atribuído à empresa, que circulou nas redes sociais na quarta-feira (27), revela a pressão que a BYD está exercendo sobre um fornecedor não identificado. O documento destaca a intenção de aplicar cortes significativos de preços a partir do próximo mês.
Li Yunfei, diretor de relações públicas da BYD, comentou sobre a situação: “A negociação anual com os fornecedores é uma prática comum na indústria automotiva. Apresentamos metas de redução de preços, mas elas são negociáveis e não exigências absolutas.”
Esse e-mail mostra que a BYD está se preparando para adotar uma postura agressiva em relação aos preços, num ambiente onde a guerra de preços já está bagunçando o mercado automotivo chinês há anos, levando muitos concorrentes a uma situação precária.
Enquanto isso, fabricantes ocidentais, como Volkswagen e Stellantis, tentam se adaptar à situação, unindo forças com empresas locais como Xpeng e Leapmotor. Por outro lado, marcas de veículos elétricos premium, como HiPhi e WM Motor, se veem lutando contra processos de falência e desaparecimento.
Em meio a esse caos, a BYD se mantém à tona e até prospera. A empresa já iniciou uma nova rodada de cortes de preços, ampliando sua fatia de mercado em um cenário onde concorrentes menores não conseguem acompanhar essas movimentações.
Os resultados falam por si: a BYD está alcançando novos patamares em vendas e receita. No último trimestre, a receita da BYD superou pela primeira vez a da Tesla e sua margem bruta alcançou impressionantes 21,9%, o maior nível em um ano.
Até agora, a fabricante de veículos elétricos se estabeleceu como a marca de automóveis mais vendida na China, com cerca de 3,2 milhões de veículos híbridos plug-in e elétricos vendidos só em 2023, incluindo um recorde de meio milhão de carros em outubro. A expectativa é que, até o fim do ano, as vendas atinjam pelo menos 4 milhões de unidades.
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