A Agência Nacional do Petróleo (ANP) do Brasil está prestes a abrir as portas para investimentos significativos ao conceder direitos de exploração em uma área offshore de grande potencial, onde a Petrobras (PETR3; PETR4) enfrenta obstáculos para perfurar.
No dia 17 de junho, o leilão abordará áreas em cinco bacias sedimentares, notavelmente as de Potiguar e Foz do Amazonas, situadas em águas profundas próximas ao equador, conforme anunciado por representantes da ANP. Essas localidades são categorizadas dentro da ampla Margem Equatorial, reconhecida por especialistas como uma zona com um grande potencial para reabastecer os suprimentos de petróleo do Brasil, que, sem a exploração adequada, poderão entrar em declínio na próxima década.
O Brasil está se preparando para oferecer um total de 173 blocos de petróleo, cobrindo tanto áreas terrestres quanto regiões em alto-mar, principalmente no nordeste e sul do país, por meio de contratos de concessão. Desses, 47 blocos estão localizados na Foz do Amazonas, onde a Petrobras busca iniciar sua primeira perfuração após estagnações em 2023. O Ministério de Minas e Energia revelou que essa região possui um potencial semelhante ao que foi descoberto em locais como Suriname e Guiana, onde a Exxon Mobil fez descobertas significativas de petróleo.
Segundo avaliou Rivaldo Moreira Neto, diretor da consultoria A&M Infra, “a incerteza resultante da falta de permissões para a Petrobras na bacia da Foz do Amazonas definitivamente impacta a atratividade do leilão”.
As áreas na bacia Potiguar podem perder o fôlego e não serem consideradas em futuras rodadas, caso não sejam concedidas neste leilão. Isso se deve à expiração iminente de uma declaração conjunta dos ministros do Meio Ambiente e de Minas e Energia, que autoriza a exploração em áreas com relevância social e ambiental.
Além disso, a ANP também irá permitir exploração na bacia de Pelotas, no sul, vista como geologicamente similar à Namíbia, onde grandes reservas foram descobertas por empresas europeias.
Ainda neste contexto, um consórcio formado pela Petrobras e Shell já assegurou diversos blocos na área em 2023, ainda aguardando exploração. Outras áreas a serem oferecidas incluem a bacia de Parecis, a única completamente terrestre, e a bacia de Santos, famosa por suas notáveis descobertas de pré-sal nos anos 2000.
Conforme informado pela ANP, 31 empresas estão habilitadas para participar do leilão, entre elas, Petrobras, ExxonMobil, Shell, Chevron, Equinor e BP.

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