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Boeing anuncia cortes de 17 mil empregos em meio a crise e greve persistente

Em meio a uma greve prolongada e crise financeira, Boeing decide cortar 10% de sua força de trabalho. Histórias de pressão no setor de aviação.

Funcionários fazem protesto em frente a uma unidade da Boeing Co. durante uma paralisação em Everett, Washington, em 16 de setembro (Bloomberg)
<p>Funcionários realizam protesto em frente a uma unidade da Boeing durante paralisação em Everett, Washington, em 16 de setembro (Bloomberg)</p>

A acaba de revelar uma drástica redução em sua equipe, planejando demitir cerca de 10% de seus funcionários. Essa decisão vem em resposta à severa crise que a fabricante de aviões enfrenta devido a uma greve prolongada e a uma significativa escassez de caixa.

O anúncio foi feito pelo CEO Kelly Ortberg em um memorando dirigido aos colaboradores, onde ficou claro que a redução afetará níveis executivos, gerenciais e operacionais. Ao final de 2023, a Boeing contava com 171 mil funcionários, o que significa que cerca de 17 mil empregados perderão seus postos.

“Estamos em uma posição extremamente difícil; não podemos subestimar os desafios que enfrentamos juntos,” destacou Ortberg em sua comunicação interna.

A Boeing projeta uma receita de US$ 17,8 bilhões para o terceiro trimestre, mas também espera uma perda considerável por ação, estimada em US$ 9,97, baseado em números preliminares. No entanto, o fluxo de caixa operacional foi de US$ 1,3 bilhão, proporcionando um total de US$ 10,5 bilhões em caixa e títulos negociáveis ao final do trimestre. Os números oficiais serão divulgados em 23 de outubro.

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As novidades sobre cortes e resultados financeiros surgem em um momento em que a empresa busca reabrir as negociações com os sindicatos. Até agora, a Boeing fez duas propostas de aumento salarial, ambas recusadas pelos trabalhadores, que há cerca de um mês estão em greve nas principais instalações da empresa na área de Seattle. Essa paralisação está impactando severamente a produção e drenando as reservas financeiras da companhia.

Recentemente, as negociações não avançaram, e não há perspectiva clara sobre a retomada das discussões.

Além dos cortes de pessoal, a Boeing já implementou uma série de medidas de redução de custos, incluindo lays off de alguns funcionários, congelamento de contratações e restrições em viagens corporativas. Ortberg deixou claro que não haverá um novo ciclo de licenças em meio a essa reestruturação.

Após a divulgação das notícias, as ações da Boeing registraram uma queda de 1,5% às 16h36, no mercado de Nova York, com um alarmante desvalorização de 42% no ano até agora.

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Além disso, Ortberg informou os clientes de que as primeiras entregas do 777X foram adiadas para 2026, mencionando interrupções nos trabalhos em andamento e suspensões nos testes de voo. Em agosto, a empresa já havia interrompido os testes devido a fissuras em um componente crítico que conecta os motores do avião às asas.

Este é mais um revés para a Boeing, que já havia enfrentado atrasos na certificação de seus jatos pela Administração Federal de Aviação.

O atraso nas versões para passageiros e cargueiros — a última agora programada para 2028 — acarretará em uma cobrança de ganhos antes dos impostos de US$ 2,6 bilhões, segundo a Boeing. No total, a subsidiária de aeronaves comerciais deverá registrar cobranças de ganhos antes dos impostos de US$ 3 bilhões, especialmente devido ao fim dos programas do 767.

O setor de defesa e espaço também enfrentará uma cobrança de US$ 2 bilhões antes dos impostos, conforme informações da empresa.

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