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Biden toma medida drástica para conter migração da fronteira mexicana

Nova ordem executiva de Biden suspende pedidos de asilo para migrantes, visando reduzir a crise na fronteira.

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O presidente Joe Biden está prestes a assinar uma ordem executiva nesta terça-feira (3) que suspenderá certos pedidos de asilo na fronteira entre os EUA e o México. Essa decisão audaciosa visa conter o fluxo crescente de migrantes e lidar com um dos principais desafios antes da crucial eleição de novembro contra o republicano Donald Trump.

A nova medida impediria, efetivamente, que migrantes apresentem novos pedidos de asilo até que as travessias na fronteira caiam drasticamente, cerca de dois terços dos níveis atuais. Fontes que pediram anonimato revelaram que a ordem só entrará em vigor quando os encontros diários atingirem aproximadamente 2.500, um número significativamente menor em comparação aos cerca de 4.300 registros diários em abril.

As autoridades estão se preparando para agir rapidamente a fim de reverter um cenário de solicitações de asilo em massa, embora esperem desafios legais por parte de opositores da política. O presidente Biden se reunirá com legisladores e especialistas na Casa Branca na tarde de terça-feira, onde explicará detalhes da nova estratégia.

Essa é a ação mais contundente de Biden até agora para enfrentar a crise na fronteira, que tem alcançado níveis alarmantes e afetado comunidades de forma abrangente. Um plano bipartidário proposto no Senado foi atolado por obstruções por republicanos a pedido de Trump, levando Biden a agir por conta própria.

No entanto, essa decisão não vem sem riscos políticos. A medida pode atrair críticas da ala esquerda, que já manifestou preocupação sobre o aumento das deportações e sua implicação humanitária. A estratégia poderia prejudicar os esforços de Biden para solidificar uma base eleitoral já polarizada, especialmente em relação ao seu manejo de crises internacionais e ao debate sobre sua aptidão para um segundo mandato.

Esse movimento também se alinha com a urgência de resolver questões de imigração que estão se tornando centrais para as eleições de 2024. O ex-presidente Trump tem criticado os esforços de Biden, intensificando o ataque ao governo e ressaltando crimes que ele atribui a imigrantes que cruzam a fronteira. As pesquisas atuais revelam que imigração e segurança na fronteira são preocupações primordiais para os eleitores.

Fluxo de Verão à Vista

A cronologia da implementação da ordem reflete o esforço de Biden em evitar um aumento das travessias, que tradicionalmente ocorre no verão e se aproxima do período eleitoral. Essas ações sucedem uma transição política no México, onde o novo presidente, Andrés Manuel López Obrador, já tem tomado medidas para mitigar a migração. Sua sucessora, Claudia Sheinbaum, eleita recentemente, assume o cargo em 1º de outubro, e o impacto de suas futuras decisões permanece incerto.

Embora as travessias já tenham caído em relação aos números do final de 2023, Biden busca reafirmar sua posição ao reforçar as diretrizes de imigração. Uma proposta anterior permitia a aceleração das expulsões de migrantes ilegais que pleiteassem asilo em determinadas situações, embora isso só afetasse uma fração dos indocumentados detidos na fronteira.

Biden planeja levar adiante algumas modificações na Lei de Imigração e Nacionalidade, um movimento que certamente gerará desafios no âmbito judicial. Medidas implementadas por Trump durante sua presidência, que também levaram a questionamentos legais, exemplificam a complexidade dessas ações.

Funcionários do Departamento de Segurança Interna têm lembrado que os limites de uma ação executiva são significativos, enquanto a Casa Branca sublinha a carência de financiamento e de pessoal como os principais obstáculos para resolver a crise. A incessante ênfase na necessidade de uma legislação aprovada pelo Congresso reflete a limitação das abordagens unilaterais.

Ainda assim, a reação dos republicanos não decepcionou. O presidente da Câmara, Mike Johnson, declarou à Fox News Sunday que a ação de Biden vem tarde demais e que a motivação por trás dela se deve à pressão das pesquisas que apontam a crise como um dos maiores problemas do país.

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