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Biden e Xi se reúnem no Peru: Último encontro antes da era Trump!

Em Lima, Biden se despede de Xi antes da transição de poder nos EUA. Um encontro que pode mudar rumos!

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O presidente dos EUA, Joe Biden, estará cara a cara com o líder chinês, Xi Jinping, no Peru, neste sábado. Este é o último de três encontros presenciais entre eles durante o mandato de Biden, conforme revelaram altos funcionários da administração.

Ambos estarão em Lima, participando do fórum de Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC). A última reunião ocorreu há um ano na mesma cúpula, quando Biden recebeu Xi nas proximidades de São Francisco.

Com o término de seu mandato se aproximando, Biden enfrentará uma dinâmica de poder alterada ao discutir questões com Xi, que já se prepara para lidar com o presidente eleito republicano, Donald Trump.

Trump, em seu segundo mandato, planeja intensificar sua guerra comercial contra a China, com a imposição de tarifas elevadas sobre todas as importações chinesas.

Embora os altos funcionários da administração Biden tenham solicitado anonimato, não comentaram se o presidente mencionará Trump ou suas propostas políticas durante a conversa. Também evitaram responder sobre se a equipe de transição de Trump está recebendo ou solicitando relatórios de inteligência sobre a China.

Neste encontro, o foco será menos em acordos concretos e mais em abordar preocupações cruciais. Biden pretende enfatizar temas relevantes, como o apoio contínuo da China à Rússia, um assunto que, segundo um alto funcionário, ocupará a nova administração.

No entanto, Biden também se esforçará para apresentar os sucessos de sua “diplomacia intensa” com a China, destacando avanços em comunicações militares, combate ao tráfico de drogas e inteligência artificial. Esses assuntos visam melhorar o diálogo e evitar mal-entendidos e instabilidade.

A reunião ocorre após um possível ataque cibernético chinês a redes de telecomunicações americanas, atualmente em investigação pela comunidade de inteligência dos EUA. Um grupo de hackers, denominado “Salt Typhoon” pela Microsoft, teria acessado as telecomunicações por meses, possivelmente comprometendo uma escuta telefônica autorizada.

Esse ataque não apenas afetou a campanha de Trump, mas também a da vice-presidente Kamala Harris, rival democrata nas eleições.

Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional, descreveu o ataque como “absolutamente significativo” durante uma entrevista ao programa “Face the Nation” da CBS, afirmando que Biden menciona constantemente a espionagem cibernética em suas conversas com Xi.

“O FBI, o Departamento de Segurança Interna e toda a nossa estrutura de segurança nacional estão investigando isso de forma intensa,” disse ele. “E, sem dúvida, esse assunto estará na agenda de todos os oficiais americanos e chineses nas próximas semanas.”

Um alto funcionário da administração afirmou que Biden alertará Xi sobre ataques imprudentes a redes críticas dos EUA, afirmando que isso resultará apenas em um isolamento tecnológico maior da China.

Apesar das tensões, a relação entre as duas principais economias do mundo se estabilizou nos últimos meses, melhorando progressivamente desde que um suposto balão espião chinês cruzou os céus dos EUA no início de 2023, aumentando as tensões militares em torno de Taiwan.

A administração Biden, por sua vez, impôs restrições tecnológicas e vetos a veículos elétricos chineses, além de aumentar tarifas que já eram altas desde o primeiro mandato de Trump.

A equipe de Biden tem enfatizado seus esforços para manter canais de comunicação abertos, principalmente através de Sullivan e de seu homólogo chinês, Wang Yi, o que tem sido crucial para estabilizar as relações.

Um oficial dos EUA ofereceu um conselho não solicitado: independentemente das ações da futura administração, será necessário encontrar maneiras de gerenciar essa relação delicada de forma eficaz.

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