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BHP prevê recuperação do mercado imobiliário na China e impacto nos metais
Apesar dos desafios, a BHP acredita na recuperação do mercado imobiliário chinês, o que deve impulsionar a demanda por metais como minério de ferro e cobre nos próximos meses.
A BHP expressou otimismo em relação à recuperação do problemático mercado imobiliário na China, mesmo diante de sinais econômicos adversos que pressionaram os preços do minério de ferro e do cobre a níveis alarmantes, semelhantes aos observados durante a era da Covid Zero.
As vendas no mercado secundário imobiliário “permanecem robustas, excepcionalmente robustas”, afirmou Vandita Pant, diretora comercial da BHP, em entrevista nesta quinta-feira. “Sempre acreditamos que os imóveis já finalizados se recuperariam primeiro, seguidos pelas novas construções”, acrescentou, ressaltando que “essa tendência continua firme”.
A afirmação positiva da maior mineradora do planeta surge após um desempenho econômico da China que não correspondeu às expectativas desde a eliminação das rigorosas medidas de contenção da pandemia no final do ano anterior, impactando, de forma significativa, a demanda global por metais. A China segue sendo a principal importadora de minério de ferro e cobre.
O desempenho abaixo do desejado no setor de construção, em especial no mercado imobiliário, pressionou os preços do minério de ferro — o principal produto da BHP — para menos de US$ 100 a tonelada. O cobre, também crucial para as operações da mineradora, caiu abaixo de US$ 8 mil a tonelada pela primeira vez em seis meses, intensificando o pessimismo sobre a saúde da economia global.
Apesar disso, Pant reiterou que a BHP mantém expectativas de que a demanda da China por metais possa ser “uma âncora de estabilidade no segundo semestre”, que, segundo ela, “deve ser superior ao primeiro”, alinhando-se às declarações do CEO Mike Henry durante a apresentação dos resultados semestrais da empresa em fevereiro.
O primeiro trimestre de 2023 superou as projeções, mas o mercado se entusiasmou no segundo trimestre, elevando os preços das commodities a patamares insustentáveis, afirmou Pant. A economia chinesa não deverá sentir plenamente os benefícios das recentes políticas de estímulo do governo, implementadas no início deste ano, antes de 2024, segundo destacou.
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