A Moody’s, uma das agências de classificação de risco mais influentes do mundo, decidiu rebaixar as classificações de crédito de grandes instituições financeiras americanas, como Bank of America e JPMorgan Chase. Essa ação foi desencadeada pelo corte na nota do governo dos EUA, que agora se encontra em níveis críticos.
A Moody’s rebaixou as classificações de depósitos de longo prazo das divisões do Bank of America, JPMorgan e Wells Fargo & Co. para Aa2, que é o terceiro nível mais elevado da escala da Moody’s. Além disso, foi feita uma redução nas classificações de dívida sênior não garantida de algumas unidades do Bank of America e do Bank of New York Mellon Corp., que passaram de Aa1 para Aa2.
Os rebaixamentos atingem também as classificações de risco de contraparte de longo prazo para partes do Bank of America, BNY, JPMorgan, State Street Corp. e Wells Fargo, também diminuídas para Aa2.
Este rebaixamento revela os impactos diretos que o corte na nota soberana dos EUA traz para o setor financeiro. A Moody’sora a sua decisão ao crescente déficit orçamentário, que se deteriora sob a gestão das administrações e do Congresso, sem sinais de recuperação.
Os efeitos desse rebaixamento não se limitam apenas aos bancos. Eles se estendem a empresas, investidores e consumidores que, de diversas formas, interagem financeiramente com estas instituições, seja através de depósitos, operações financeiras ou na compra de títulos.
A Moody’s destacou que a capacidade do governo dos EUA em prestar suporte a essas grandes instituições financeiras consideradas “grandes demais para falir” agora está em xeque. “O rebaixamento da classificação do governo dos EUA indica que ele tem menos capacidade de apoiar essas obrigações altamente classificadas”, afirmam os analistas da agência.
Com o recente rebaixamento, a Moody’s se despediu do suporte que, até então, era considerado um nível de garantia para os ratings anteriormente atribuídos.
Entretanto, algumas classificações específicas de certas dívidas dos maiores bancos do EUA ainda manterão essa chamada “rede de segurança” por enquanto. Dentre elas estão as classificações de dívida sênior não garantida de longo prazo e classificações de emissor do JPMorgan Chase Bank e do Wells Fargo Bank, assim como a classificação de risco de contraparte e avaliação de algumas subsidiárias da Morgan Stanley.

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