Nos últimos meses, a Argentina tem experimentado uma notável transformação sob a liderança de Javier Milei. A pobreza, antes em níveis alarmantes, caiu significativamente, refletindo os efeitos desinflacionários do rigoroso programa de austeridade do presidente.
De acordo com os dados governamentais divulgados nesta segunda-feira (31), aproximadamente 38,1% dos cidadãos argentinos estavam abaixo da linha da pobreza na segunda metade de 2023. Isso representa uma impressionante queda em comparação aos 52,9% registrados entre janeiro e junho de 2024, um dos piores índices em mais de 20 anos.
A inflação anual de 66,9% desempenhou um papel fundamental na evolução dessa taxa de pobreza. O cálculo é baseado em uma cesta de bens de consumo e salários médios. A taxa de pobreza diminuiu de forma drástica, especialmente considerando que em abril o índice beirava 289%, quando o impacto da desvalorização de 54% ainda estava ressoando após a posse de Milei.
Essas estatísticas coincidem com um quadro econômico que começa a mostrar sinais positivos após anos de dificuldades. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu nos últimos trimestres, enquanto a inflação mensal, que chegou a 25,5% em dezembro de 2023, caiu vertiginosamente para 2,4% no mês passado. Adicionalmente, os salários mensais têm superado a inflação desde abril, criando um ambiente mais promissor.
Em uma entrevista recente, Milei sinalizou que a expectativa é de que a inflação caia abaixo da marca de 2% apenas entre maio e junho, em função da instabilidade política atual. Enquanto isso, o país se engaja em negociações intensas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para um novo programa, mas os mercados estão .preocupados com a incerteza em relação à futura política cambial da Argentina.

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