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Aramco: A oferta bilionária que redefiniu os padrões do IPO

A venda recente de ações da Aramco, de US$ 11,2 bilhões, atraiu grande interesse internacional. Uma fonte afirma que se trata da oferta que o IPO deveria ter sido.

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Aramco

Após meses de viagem e negociações, o CEO da Saudi Aramco, Amin Nasser, finalmente obtém os resultados esperados! Ele e um time de banqueiros de Wall Street selaram um acordo monumental que promete mudar o panorama da gigante do petróleo.

Se cinco anos atrás a listagem de US$ 29,4 bilhões enfrentou tempestades operacionais e um apelo limitado de investidores internacionais, agora a situação é completamente diferente. Com um montante impressionante de US$ 11,2 bilhões em ações sendo vendidos, uma parte significativa foi alocada a investidores estrangeiros, o que levou um insider a afirmar: ‘esta é a oferta que o IPO sempre deveria ter sido.’

O êxito desta transação não é apenas um feito isolado; ele abre as portas para novas ofertas da Aramco, alinhadas com a visão de longo prazo de Mohammed bin Salman, o príncipe herdeiro, para financiar o Vision 2030, um projeto de transformação econômica colossal.

“Estamos observando estratégias diversas para captar capital para os ambiciosos projetos do Vision 2030”, destacou Jim Krane do Baker Institute for Public Policy. De acordo com ele, a Aramco é o pilar de suporte em um cenário onde os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) esperados não se concretizaram completamente.

Este relato sobre a venda de ações, originalmente noticiado pela Bloomberg News, é o resultado de entrevistas com várias fontes envolvidas, que solicitaram anonimato. Representantes da Aramco e do governo saudita não comentaram sobre os fatos.

O que mudou desde 2019

Duas anos atrás, a oferta pública inicial da Aramco foi marcada por confrontos tensos entre bancos e autoridades sauditas, com um valuation decepcionante de US$ 1,7 trilhão em comparação com os esperados US$ 2 trilhões. Desta vez, a oferta ocorreu de forma muito mais suave, evidenciando uma colaboração mais eficaz entre os banqueiros e uma prontidão para prover soluções, mesmo diante da instabilidade no Oriente Médio.

Torbjorn Soltvedt, um especialista em risco político, notou que o crescente interesse internacional reflete a habilidade da Arábia Saudita em minimizar os impactos da guerra em Gaza e demais tensões regionais.

Após o IPO, Nasser rapidamente mobilizou sua equipe para se preparar para uma nova oferta secundária, tendo em mente a venda de um percentual maior da Aramco. A movimentação se intensificou quando assessores do príncipe herdeiro, incluindo o presidente do conselho da Aramco, Yasir Al Rumayyan, começaram a explorar datas e mecanismos para essa nova venda.

As opções apresentadas ao comitê governamental variaram desde a venda de ativos do fundo soberano até ofertas diretas a investidores. A decisão foi finalmente tomada: o governo reduziu sua participação na Aramco. Com isso, o caminho estava aberto.

No total, a demanda foi avassaladora, atraindo US$ 65 bilhões em ordens, com quase 60% das ações sendo alocadas a investidores estrangeiros, um salto radical em comparação aos 23% do IPO de 2019. Isso assinala a vitória de MBS em sua busca por uma próspera venda internacional.

David Rundell, um ex-diplomata americano, comentou sobre a relevância da demanda externa: ‘Isso é um verdadeiro voto de confiança em MBS.’ 

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