Após um colapso marcante do Credit Suisse que abalou o mercado financeiro, o chefe do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), Yasir Al Rumayyan, anunciou uma mudança drástica: o fundo não realizará mais investimentos nos mercados da Suíça.
Essa decisão vem após a controvérsia gerada pela venda do Credit Suisse para o UBS, ocorrida sem a aprovação dos acionistas, o que prejudicou a confiança de investidores do Oriente Médio. O Saudi National Bank, que possui uma participação considerável no Credit Suisse, viu-se especialmente afetado.
Em uma declaração clara durante um evento na Albânia, Al Rumayyan disse: “Não vamos investir nos mercados financeiros da Suíça. Quando modificações são feitas de forma abrupta e desconsideram os investidores, isso é um sinal de alerta enorme.”
Noel Quinn, recém-nomeado presidente do Julius Baer, uma instituição financeira suíça, respondeu com apreensão ao ouvir os comentários, expressando preocupação sobre a situação.
O resgate do Credit Suisse em 2023 foi processado em velocidade recorde e foi cercado de tensão, especialmente quando o então presidente do Saudi National Bank, Ammar Al Khudairy, descartou novas aplicações no banco suíço.
A medida não foi aceita pelos acionistas do Credit Suisse ou do UBS e foi cercada por críticas, uma vez que a pressa na venda levantou dúvidas sobre a integridade do sistema jurídico suíço e desestimulou investidores institucionais.
Enquanto isso, o PIF já delineou planos ambiciosos de aumentar os investimentos na Europa, com a meta de alcançar US$ 170 bilhões até 2030. Este movimento, que inclui um novo escritório em Paris, destaca o foco estratégico do fundo em diversificar seus interesses fora da Suíça.

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