Apple lança projeto Atlas: rumo aos óculos inteligentes do futuro!

A Apple (AAPL34) está dando um passo audacioso rumo ao futuro dos óculos inteligentes, com sua nova iniciativa chamada Atlas. Este projeto visa analisar o mercado de “smart glasses” e pavimentar o caminho para que a gigante da tecnologia entre de cabeça nesta categoria, seguindo a trilha da Meta (M1TA34), que já conquistou espaço nesta área crescente.

A iniciativa iniciou na semana passada e se baseia na coleta de feedback de seus próprios funcionários sobre os modelos de óculos inteligentes disponíveis atualmente, conforme revelado por fontes com conhecimento do projeto.

Além disso, estão planejados grupos focais adicionais para o futuro próximo, segundo informantes que optaram por permanecer anônimos devido à natureza secreta do trabalho. A liderança desse estudo está sob responsabilidade da equipe de Qualidade de Sistemas de Produto da Apple, que integra a divisão de engenharia de hardware.

Em um e-mail enviado a funcionários selecionados na sede em Cupertino, Califórnia, o grupo enfatizou: “Testar e desenvolver produtos que todos possam amar é fundamental para nossa missão na Apple. Por isso, estamos em busca de participantes para um próximo estudo sobre óculos inteligentes que estão fazendo sucesso no mercado.”

Quando a Apple considera entrar em uma nova categoria de produtos, frequentemente realiza sessões de grupos focais secretas para entender o que as pessoas valorizam em produtos já existentes. Eles preferem contar com funcionários em vez de consumidores externos para evitar que seus planos sejam expostos. Assim, um representante da Apple optou por não comentar sobre a situação.

Recentemente, a Bloomberg News também trouxe à tona outro estudo, onde a empresa avaliou um aplicativo voltado para pessoas com pré-diabetes, que monitorava variações nos níveis de açúcar no sangue e hábitos alimentares.

Este novo estudo sugere que a Apple está avançando em sua jornada para desenvolver seus próprios óculos inteligentes. Embora a Bloomberg já tenha reportado que a fabricante do iPhone está analisando uma possível entrada no mercado — o que poderia representar um desafio direto aos populares óculos Ray-Ban da Meta — um produto real ainda deve levar anos para ser lançado.

A pesquisa servirá para guiar a Apple sobre quais recursos devem ser incorporados em seus óculos e como a tecnologia pode ser aplicada de formas inovadoras.

Criar um dispositivo adequado para uso no rosto que seja bem-sucedido é um desafio, e o headset Vision Pro da Apple, com preço de US$ 3.499, foi criticado por ser demasiado pesado e caro, o que limita sua popularidade.

Nos últimos anos, a Apple tem se esforçado para desenvolver uma versão mais leve do dispositivo de realidade aumentada — algo que permita o uso diário e que possivelmente poderia substituir o iPhone. No entanto, o progresso nesse projeto tem sido lento devido a diversas barreiras técnicas.

Enquanto isso, a Meta tem encontrado sucesso com uma fórmula mais simplificada. Seus óculos de US$ 299, desenvolvidos em parceria com a Luxottica, não são propriamente óculos de realidade aumentada, pois não projetam informações nas lentes. Contudo, permitem que usuários gravem vídeos, atendam chamadas e interajam com um assistente virtual.

A Apple está determinada a criar uma alternativa competitiva. Sua estratégia pode incluir a elaboração de óculos que funcionem de maneira similar aos populares fones de ouvido AirPods. Uma versão que se pareça com óculos proporcionaria autonomia maior, além de sensores e tecnologias de áudio mais avançadas.

No entanto, seus concorrentes também estão progredindo rapidamente. Recentemente, tanto a Meta quanto a Snap apresentaram óculos de realidade aumentada que misturam o mundo real a elementos digitais, como jogos, mensagens e aplicativos. Contudo, esses produtos ainda não estarão disponíveis para o consumidor comum por pelo menos alguns anos, uma vez que os protótipos atuais estão mais focados em atrair desenvolvedores para a ideia.

A Apple, por sua vez, também está trabalhando para reformular o headset Vision Pro, ampliando sua atratividade. Embora o dispositivo seja excelente para assistir a vídeos e realizar tarefas de escritório, seu peso elevado, custo alto e um conteúdo limitado o tornaram um produto ideal para um nicho específico.

A empresa está explorando a possibilidade de uma versão mais econômica, utilizando componentes mais baratos. Além disso, já consideraram desenvolver um dispositivo que levasse boa parte da carga de processamento para um iPhone, permitindo que o headset atuasse mais como um acessório acoplado aos dispositivos que os consumidores já possuem.