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Advogado de Hunter Biden alega mágica para justificar defesa em caso de armas
Hunter Biden nega acusações de mentir sobre vício ao comprar arma. Advogado usa comparação com mágica para defender cliente em julgamento polêmico.
Na fase final do julgamento de Hunter Biden, o advogado de defesa, Abbe Lowell, apresentou um argumento intrigante: os promotores falharam em demonstrar que o filho do presidente Joe Biden mentiu ao comprar uma arma. Lowell fez essa afirmação nesta segunda-feira (10), ressaltando que a narrativa da acusação se assemelha ao trabalho de um mágico.
Segundo Lowell, a acusação tentou desviar a atenção dos jurados, focando nas alegações de uso de drogas de meses ou até anos antes da compra da arma, criando a ilusão de que Hunter Biden era um usuário de crack quando adquiriu o revólver em 2018. “Eles misturaram todos aqueles anos antes de ele entrar na StarQuest Shooters e todos aqueles anos depois”, explicou.
Aos 54 anos, Hunter Biden se declarou inocente das acusações, que incluem mentir sobre seu vício ao preencher um formulário de verificação para o revólver Colt Cobra, além de posse ilegal da arma por um período de 11 dias.
A expectativa era que o caso fosse entregue ao júri ainda nesta segunda-feira. Durante sua declaração inicial, Lowell reforçou que seu cliente não tinha a intenção de enganar, pois estava limpo no momento da compra e não se considerava usuário de drogas.
Esse julgamento federal marca um momento significativo como o primeiro processo criminal contra um filho de presidente nos EUA. A semana passada trouxe à tona a batalha de Hunter contra o vício em álcool e crack, que, segundo os promotores, o impedia legalmente de comprar uma arma.
Nos argumentos finais da acusação, o promotor federal Leo Wise destacou a gravidade do testemunho sobre o uso contínuo de drogas por Hunter Biden, considerando-o essencial para preencher lacunas nas evidências do caso. “Foi pessoal, foi feio e foi pesado. Mas também foi necessário”, afirmou Wise aos jurados.
O julgamento ocorreu em um ambiente de tensão política, refletindo o histórico desafio de Donald Trump, o primeiro presidente dos EUA a ser condenado por um crime, em uma situação que alimenta as alegações de politicagem em processos judiciais contra ele.
Enquanto isso, os democratas no Congresso usam o caso de Hunter Biden para argumentar que seu pai, Joe Biden, não controla o sistema judicial para fins pessoais. Em uma audiência recente, Hunter declarou estar sóbrio desde 2019.
As orientações de sentença para as acusações contra Hunter variam entre 15 a 21 meses, mas especialistas legais acreditam que réus em casos semelhantes frequentemente recebem sentenças mais leves e têm menor probabilidade de encarceramento, caso respeitem os termos da liberdade provisória.
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