A tensão entre a União Europeia e os Estados Unidos está em alta, com a questão das tarifas sobre automóveis e agricultura se tornando um verdadeiro campo de batalha nas negociações para um acordo comercial.
De acordo com fontes bem-informadas, a UE está insistindo em uma tarifa máxima de 10% para as exportações agrícolas. Curiosamente, um mecanismo de alívio tarifário, que fabricantes de automóveis desejavam como compensação em troca de investimentos em solo americano, foi descartado temporariamente devido ao receio europeu de que isso provocasse uma fuga de produção para os EUA.
Além disso, a UE deve renunciar novamente a um conjunto de contramedidas previamente adotadas contra as tarifas de aço e alumínio impostas por Trump, o que demonstra o desejo do bloco de continuar as conversações. Apesar desse esforço, essas medidas estão programadas para reentrar em vigor automaticamente à meia-noite de terça-feira.
As fontes alertam que, mesmo que um acordo esteja em vista, ele pode ser rapidamente desfeito por Trump, que ainda não apresentou uma posição clara sobre as negociações. A incerteza continua, uma vez que o presidente enviou cartas a dezenas de países estabelecendo tarifas unilateralmente.
A proposta difusa em questão inclui uma tarifa de 10% sobre a maioria das exportações da UE, com algumas raras exceções para indústrias específicas como aviação e dispositivos médicos. No entanto, as expectativas de tarifas mais baixas para bebidas alcoólicas e a tentativa de mitigar as tarifas de 50% sobre aço e alumínio também permeiam as discussões.
Além disso, os EUA solicitaram uma tarifa de 17% sobre produtos agrícolas, o que apenas adiciona mais complexidade ao já intrincado jogo de negociações.
As partes também estão abordando as barreiras não tarifárias e planejamento estratégico em torno de segurança econômica e compras. Cada questão é interligada, e o equilíbrio final de um acordo só será analisado quando todas as partes estiverem meticulosamente alinhadas.
Com a pressão aumentando, Trump está preparado para impor uma tarifa de 50% sobre a UE, embora até o momento tenha recuado para uma trégua de 10% até o dia 1º de agosto. Além disso, tarifas de 25% sobre automóveis e peças, bem como taxas sobre metais, estão sob consideração, indicando que o presidente não está alheio à possibilidade de expandir sua abordagem tarifária em novas áreas.
Um acordo nesse estágio poderia não proteger a UE dessas novas medidas setoriais, mas o bloco mantém a pressão por um tratamento preferencial nas indústrias afetadas.
Enquanto o resultado das negociações permanece nebuloso, a UE está estruturando contramedidas que poderão ser implementadas rapidamente caso os diálogos não sejam frutíferos. O bloco autorizou tarifas potenciais que poderiam abranger produtos americanos no valor de €21 bilhões (US$ 24,5 bilhões), focando estados americados sensíveis, e também elenca uma lista de tarifas sobre outros €72 bilhões em bens, preparando-se para um eventual enfrentamento.
As repercussões dessa disputa tarifária são vastas e podem impactar profundamente tanto o setor agrícola quanto industrial em ambos os lados do Atlântico.

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