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Ações da ASML despencam 16% após previsões alarmantes para 2025
As ações da ASML caem drasticamente, atingindo a maior queda em 26 anos, depois de previsões decepcionantes para 2025.
A ASML, gigante do setor de semicondutores, viu suas ações despencarem impressionantes 16% em Amsterdã, fechando a € 668,10. Essa situação marcante representa a maior queda desde 12 de junho de 1998. O descalabro ocorreu após a empresa divulgar resultados muito abaixo das expectativas, recebendo cerca de metade dos pedidos aguardados no terceiro trimestre e, consequentemente, reduzindo suas projeções para 2025.
No terceiro trimestre, os pedidos da ASML somaram apenas € 2,6 bilhões (US$ 2,8 bilhões), um número alarmantemente distante da estimativa média de € 5,39 bilhões de analistas consultados pela Bloomberg. A demanda por máquinas de fabricação de chips, um dos pilares do sucesso da empresa, diminuiu, em grande parte devido à desaceleração da indústria de semicondutores.
Com um cenário tão adverso, o CEO Christophe Fouquet emitiu um comunicado afirmando que “a recuperação agora parece mais lenta do que o previsto anteriormente. Essa tendência deve persistir em 2025, o que gera cautela entre os clientes”. Essas palavras ecoam um sentimento de incerteza no mercado.
Vale ressaltar que a ASML divulgou essas informações um dia antes da data programada, o que gerou ainda mais confusão. De acordo com fontes, a empresa deve fornecer uma explicação sobre essa publicação antecipada em breve.
Além disso, a companhia ajustou suas projeções de vendas líquidas totais para 2025 para a metade inferior do intervalo entre € 30 bilhões e € 35 bilhões. Para o próximo ano, a expectativa é de uma margem bruta entre 51% e 53%, um ajuste significativo em relação ao que foi anunciado anteriormente, atribuído principalmente ao adiamento na demanda por máquinas EUV.
Desde que alcançou um pico histórico em julho, as ações da ASML, considerada a empresa de tecnologia mais valiosa da Europa, já caíram um terço, impactadas não apenas por essas previsões sombrias, mas também pela possibilidade de mais restrições impostas pelos EUA sobre suas operações na China.
Recentemente, os Países Baixos implementaram novas regras de controle de exportação, levando a ASML a buscar licenças de exportação em Haia, em vez de nos EUA, para algumas de suas máquinas mais antigas. Essa mudança se seguiu a um relatório da Bloomberg, que indicava que o governo holandês estava limitando a capacidade da ASML de reparar e manter seu equipamento de semicondutores na China.
Apesar dos desafios, a China continua sendo o maior mercado para a ASML, representando 47% das vendas no último trimestre.
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